Rayane Alves
(Foto: Reprodução)

Nesta segunda-feira (04), o relator da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) do Paletó, vereador Adevair Cabral (PSDB), explicou em entrevista à Rádio Capital FM, que a decisão para a votação da CPI do Paletó na Câmara Municipal de Cuiabá, fosse as portas fechadas é apenas para evitar constrangimentos para o prefeito da Capital, o peemedebista Emanuel Pinheiro, depoente principal da Comissão, já que é o epicentro das investigações na Casa de Leis. E ainda sob a justificativa que a presença de outras pessoas e da imprensa, ele [Pinheiro] e os outros convocados não iriam se sentir a vontade para narrar os fatos.
Adevair e o vereador Mário Nadaf (PV) - ambos na CPI - votaram a favor para que as reuniões da CPI ocorram de portas fechadas.
A Comissão investiga o vídeo em que o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), apareceu supostamente recebendo dinheiro de propina e enchendo os bolsos do paletó com diversos maços de dinheiro, quando era ainda na época deputado estadual.
Ainda de acordo com Cabral, tudo o que for dito nas apurações vão estar contidos no relatório para a população e a imprensa saber. 'Fizemos isso por receio de ninguém [depoentes] queiram falar dentro da comissão, por se sentirem constrangidos e avaliados. No entanto, a medida não é para esconder nada de ninguém”, garantiu o parlamentar.
CPI
Além de Adevair e Nadaf, a CPI também é composta por outros colegas de Parlamento, tendo como presidente, o vereador Marcelo Bussiki (PSB), autor da propositura.
A entrada de Adevair e Nadaf na Comissão causou inicialmente protesto de alguns vereadores, por acreditarem que ambos teriam assinado o requerimento, como uma suposta manobra para implodir as investigações e, claro, assim protegerem Pinheiro.
Contra a decisão de manter os depoimentos às portas fechadas, o vereador Gilberto Figueiredo (PSB), afirmou que este posicionamento viola claramente os princípios da publicidade e transparência dos atos públicos.
“A população cuiabana tem direito de acompanhar cada fase da CPI, assim como nós vereadores não podemos ser impedidos de dar publicidade a um ato, que por excelência deve público”, concluiu.
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