Por Suelen Alencar / Única News
(foto: Site Amaggi)

O Ministério Público Federal (MPF) analisa transações comerciais do JBS, o maior processador de carne bovina do mundo; à Amaggi Exportação e Importação, uma das maiores companhias de compra e venda de grãos do país e os dirigentes do grupo Bom Futuro. Também estão na mira as lideranças do agronegócio, Elusmar Maggi Scheffer e Eraí Maggi Scheffer com integrantes da família Junqueira Vilela, suspeitos de chefiar o maior esquema de desmatamento da Amazônia já detectado.
Segundo o MPF trata-se de um procedimento de análise de informações para verificar, no caso da Amaggi, a transferência de R$ 10 milhões para o integrante da Antônio José Junqueira Vilela Filho, conhecido como AJ (ou Jotinha), e para seu cunhado Ricardo Caldeira Viacava, realizados entre 2012 e 2015. Já a JBS, no mesmo período, a empresa transferiu R$ 7,4 milhões a AJ e a uma irmã de AJ, Ana Paula Junqueira Vilela Carneiro.
Segundo a Relatório da Receita Federal do Brasil, em dezembro de 2013 foram transferidos, de uma única vez R$ 900.000,00. Além desse valor em julho de 2013 e maio 2015, foram realizaram 9 transferências eletrônicas para AJ, as quais totalizam R$ 4.778.820,00.
Já entre dezembro de 2013 e agosto de 2015, foram 15 transferências num total de R$ 2.520.997,67. Para o cunhado de AJ, o mega empresário Eraí Maggi Scheffer realizou 5 transferências eletrônicas no período entre abril e dezembro de 2012 que totalizam R$ 1.437.772,00.
Já em nome da razão social Amaggi exportação e importação, empresa considerada a 4º maior empresa em exportação de comodities em Mato Grosso e a 18º maior do Brasil, a receita encontrou 6 transferências no período de abril de 2012, abril e maio de 2014 para AJ, no total de R$ 444.906,49.
As investigações
O que o MPF já informou no em julho deste ano que as essas transações comerciais podem ter sido feitas para compra de grãos ou animais procedentes de áreas desmatadas ilegalmente, é por isso realizaria oitiva para esclarecimentos, já que, segundo destacam os ofícios do MPF, existe a responsabilização de crime.
“A responsabilização civil por dano ao meio ambiente pode, em tese, atingir as empresas compradoras, pois, segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), para o fim de apuração do nexo de causalidade no dano urbanístico-ambiental equiparam-se quem faz, quem não faz quando deveria fazer, quem não se importa que façam, quem cala quando lhe cabe denunciar, quem financia para que façam e quem se beneficia quando outros fazem, sendo a responsabilidade ambiental objetiva”, diz trecho de relatório.
Segundo o MPF/PA os esclarecimentos foram prestados por meio de ofícios ou em audiências de advogados representantes das empresas com membros do MPF e que agora a situação é de analise nos dados enviados pelas empresas.
O site Única News entrou em contato, por telefone, com assessoria de imprensa do grupo Amaggi em Cuiabá, que informou se tratar de um assunto resolvido e que a assessoria já emitiu nota em julho sobre o caso. Ainda segundo assessoria, a empresa compareceu no MPF de Altamira/PA para esclarecer as informações e que o nome da Amaggi foi apenas citado. Já por email, até o fechamento deste material não houve retorno.
(Com informações MPF)
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