Da Redação
(Foto: Rogério Florentino )

Em acordo de delação premiada com a juíza da 7º Vara Criminal, Selma Arruda, o advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo confessou que simulou um contrato entre o escritório de advocacia Figueiredo e Figueiredo Advogados Associadas e a empresa Caramuru Alimentos para lavar dinheiro, que eram pagos à três fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
Conforme depoimento que prestou à juíza, Ney recebeu em troca o valor de R$ 180 mil pela execução do serviço prestado. O valor afirmado por ele mesmo, representa cerca de 10% do montante fraudados no esquema.
Os beneficiados identificados como André Neves Fantoni, Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho tiveram o pedido de prisão preventiva decretados pela juíza. Eles foram presos na última quarta-feira (3), durante a operação Zaqueus, deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz). Na terça-feira (4), o desembargador Orlando Perri mandou soltar Farley Moutinho, por falta de provas que justificassem a prisão.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações que resultaram na operação visavam apurar a concessão de decisões administrativas favoráveis a determinadas empresas em razão do pagamento de vantagens indevidas, de valor aproximado R$ 1, 8 milhões, a servidores públicos estaduais. A operação tinha o objetivo de dar cumprimento a sete ordens judiciais, sendo três mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e um de condução coercitiva.
As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá (um mandado de prisão, um de busca e apreensão e a condução coercitiva) e no Rio de Janeiro (dois manados de prisão e de busca) com apoio da Delegacia de Repressão as Ações de Crimes Organizados (Draco-RJ).
De acordo com as informações apuradas durante inquérito policial, os agentes de forma conjunta e organizada beneficiaram a empresa Caramuru alimentos A/S, reduzindo a autuação da empresa de R$ 65.938.391,10 (sessenta e cinco milhões e novecentos e trinta e oito mil e trezentos e noventa e um mil reais e dez centavos) para aproximadamente R$ 315 mil. Para reduzir o valor da autuação da empresa, os agentes receberam o pagamento de vantagens indevidas do montante de cerca de R$ 1,8 milhões.
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