Única News
Da Redação
O governo brasileiro, por meio de nota oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressou na noite desse domingo (22) "grave preocupação" com a escalada militar no Oriente Médio, condenando veementemente os recentes ataques de Israel e dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. (Veja o post no final da matéria).
A ação americana, ocorrida no último sábado (21), atingiu as instalações de Fordow, Natanz e Isfahan, em uma operação coordenada com Israel que, segundo o presidente americano Donald Trump, foi "bem-sucedida" e causou "danos e destruição extremamente severos".
A postura do Brasil é clara: qualquer ataque armado a instalações nucleares é uma "flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica".
A nota presidencial enfatiza o perigo dessas ações, alertando para a grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, que ficam expostas ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala.
O pano de fundo para essa condenação é a crescente tensão entre Israel e Irã, que trocam ataques desde o último dia 13. Militares israelenses anunciaram uma operação para destruir alvos nucleares iranianos, à qual Teerã retaliou lançando mísseis contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
Neste cenário de instabilidade, a intervenção americana elevaria o nível do conflito a um patamar ainda mais perigoso.
Governo brasileiro faz duras críticas
O governo brasileiro reitera sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos, rejeitando "com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear".
A nota ressalta a especial preocupação com essa proliferação em regiões de "instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio", dada a delicadeza do atual cenário.
Além dos ataques a instalações nucleares, o Brasil também repudia os ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas. Tais ações, que têm provocado um crescente número de vítimas e danos a infraestruturas civis, incluindo hospitais, são consideradas uma violação do direito internacional humanitário, que garante proteção especial a essas instalações.
Ao final da nota, o Brasil faz um apelo veemente ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito. A diplomacia é apresentada como a única saída para interromper esse ciclo de violência e abrir caminho para negociações de paz.
A preocupação do governo brasileiro é que as consequências negativas da atual escalada militar gerem "danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo", além de comprometer o regime de não proliferação e desarmamento nuclear.
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