Euziany Teodoro
Única News
A Câmara Municipal de Canarana (a 838 km de Cuiabá) cassou, nesta segunda-feira (9), o mandato do agora ex-vereador e médico Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa (PL), preso por pedofilia, estupro de vulnerável e armazenamento de imagens relacionadas a abuso e exploração sexual infantil. Com a decisão, Thiago Bitencourt se torna inelegível por oito anos, contados a partir das próximas eleições municipais.
O suplente Milton Blass (PL) foi convocado e assumirá de forma definitiva a cadeira deixada por ele.
Na última quarta-feira (4), o vereador havia enviado ofício à Câmara comunicando sua renúncia do cargo, alegando "questões pessoais". Conforme o regimento interno, a renúncia é um ato unilateral e não depende de votação em plenário. No entanto, o presidente da Casa, vereador Joá José Porto dos Santos (MDB), defendeu a medida adotada pela Câmara. “Vereador é para zelar pelo bem-estar da comunidade, não causar escândalo e abalar quem votou. Fizemos nosso dever nesta extinção do mandato", afirmou.
PRISÃO
Thiago Bitencourt foi preso no dia 31 de maio, após investigações da Polícia Civil constataram que ele se relacionava com uma adolescente de 15 anos, de quem abusava desde os 12, a mantendo como "escrava sexual” e a usando para abusar sexualmente de uma criança de 2 anos, sobrinha da garota. Durante a ação policial, foram apreendidos diversos materiais relacionados a crimes de pedofilia produzidos e vendidos pelo próprio vereador.
A adolescente de 15 anos com quem o criminoso mantinha a “relação”, enviava fotos da sobrinha de 2 anos nua para o pedófilo. A denúncia que levou à prisão do vereador aconteceu por parte do próprio pai da bebê, que é cunhado da adolescente. Ele sabia que a menor realizava todos os desejos do criminoso. Posteriormente, todas as informações foram confirmadas pelas autoridades que investigam o caso.
Entre os materiais apreendidos na residência do criminoso, havia brinquedos, roupas e sapatos de crianças com idades entre 1 e 2 anos. Entre os itens chocantes, havia também brinquedos sexuais e de sadomasoquismo.
Durante as investigações, as autoridades apuraram que o criminoso utilizava sua posição como médico para ter acesso e se aproximar das vítimas, principalmente aquelas que estavam em situações de vulnerabilidade.
Pelo menos oito vítimas já foram identificadas. Entre elas, uma mãe de 29 anos, que foi aliciada psicologicamente e fisicamente, e a filha dela, de apenas 8 anos de idade. Segundo as investigações, ele adotou a prática de conquistar mães em situação de vulnerabilidade, para então também abusar das filhas pequenas delas.
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