Marcio Camilo
Especial para Única News
Em apenas 24 horas, houve notificação de 34 novos casos suspeitos de Coronavírus (COVID-19) em Mato Grosso, mais que o dobro de registros verificados na quarta-feira (18). Atualmente, são 59 casos, em 18 cidades. Só em Cuiabá são 28.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que Mato Grosso terá uma “curva ascendente” de infectados pela doença nas próximas semanas. Por conta disso, o Estado está preparando leitos nos cinco hospitais regionais, localizados nas cidades de Várzea Grande, Alta Floresta, Colíder, Rondonópolis e Sorriso.
“Nós vamos ter uma curva ascendente de casos confirmados e teremos uma curva ascendente de casos que realmente vão precisar de atendimento hospitalar e serão abertas vagas para isso”, destacou o gestor, em entrevista coletiva pelas redes sociais do Governo do Estado, no final da tarde desta quinta-feira (19).
Gilberto disse que, no momento, o Hospital Júlio Muller é a unidade de referência para atender os casos de coronavírus. No entanto, se houver necessidade, mais de 100 leitos nos hospitais regionais serão abertos à população.
“Iremos trabalhar com a capacidade máxima de tudo que existe. Nós vamos suspender as cirurgias eletivas. Já a partir de amanhã [sexta, 20] iremos suspender os atendimentos ambulatoriais e vamos atender, principalmente urgência e emergências, porque muitos casos, como infartos e AVCs, não vão parar de ocorrer”.
Em coletiva nesta quinta, os diretores do Conselho Regional de Medicina (CRM) reclamaram que o Governo não tem dado condições adequadas para os médicos atenderem pacientes supostamente infectados com a doença. Segundo o órgão, faltam insumos e equipamentos de proteção, os chamados EPIs, como máscaras e luvas.
Sobre o assunto, Gilberto Figueiredo argumentou que o Governo estabeleceu um comitê de crise para tratar do coronavírus e que o CRM participa das reuniões. Disse não ter conhecimento sobre a falta dos insumos e que a compra dos materiais é de responsabilidade das prefeituras.
“Cabe a cada município, prefeito e secretário de Saúde suprir sua necessidade básica de insumo. Essa é uma responsabilidade de cada um. Não sei qual é o estoque que cada um tem, mas sei que, nesse momento, todos estão buscando suprir essa necessidade, que é uma deficiência nacional”, justificou.
O secretário frisou que a propagação do vírus vai depender muito de a população mato-grossense obedecer as recomendações preconizadas pelas Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Você que está saindo de casa para fazer a peladinha do futebol, precisa saber que você está correndo o risco e essa é uma decisão que você está tomando e colocando em risco toda a população. Portanto, gente, vamos fazer uma coisa: vamos buscar o isolamento que está sendo recomendado", pediu o gestor.
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