Ari Miranda
Única News
Em conversa com jornalistas, o governador Mauro Mendes (UB) criticou falta de ação do Congresso Nacional no combate às facções criminosas por todo o país, em especial no estado de Mato Grosso, onde três integrantes da facção criminosa Comando Vermelho foram presos na última semana, suspeitos de estarem planejando a execução do prefeito de Nova Ubiratã (426 Km de Cuiabá), Edegar Jose Bernardi (UB).
Questionado sobre o crescimento das facções criminosas no estado, Mauro culpou as leis ultrapassadas do país, afirmando ainda que, devido a isso, o judiciário brasileiro vai ficando cada vez mais ‘permissivo’ para os criminosos.
“As facções criminosas estão crescendo no país, o crime organizado cresce, e as leis brasileiras fazem com que a nossa segurança pública ‘bata cabeça’, porque é uma brincadeira de gato e rato. Toda hora prende, solta, prende, solta, ninguém aguenta mais isso”, disse Mauro.
Mesmo assim, Mendes garantiu que as Forças de Segurança de MT continuarão fazendo seu trabalho normalmente. “Têm pessoas que são presas cinco, seis, oito vezes no ano. Prende, coloca lá, vem uma audiência de custódia ou sai um alvará e solta esse meliante. Então, isso é uma luta que nós vamos continuar fazendo, com certeza”, completou
Além disso, o governador enfatizou que grande parte da culpa da situação atual da criminalidade do país é dos deputados federais e senadores do Congresso Nacional, que não agem de forma eficaz para promover as devidas mudanças no Código Penal do país.
“Se quer dar jeito mesmo [no combate à criminalidade], é o Congresso Nacional visitar o Código Penal Brasileiro, que é de 1940. Ninguém aqui era nascido quando inventaram ou criaram o nosso Código Penal. O Brasil mudou, o mundo mudou, a sociedade mudou, surgiram as tais facções criminosas há pouco mais de 20, 30 anos no Brasil, e [elas] estão dominando grande parte do território brasileiro. Enquanto isso, o Congresso Nacional está ‘deitado em berço esplêndido’”, disparou.
“O cidadão está assustado. Eles [os criminosos] tinham que assustar lá [em Brasília]. [Porém] Eles não assustam Brasília, porque pode vir uma reação de lá. Então eles ficam aí atormentando a sociedade no Brasil inteiro”, concluiu.
(Foto: Reprodução/Montagem/Única News)
O prefeito de Nova Ubiratã (MT), Edegar Bernardi.
TRAMA CONTRA PREFEITO
Segundo o boletim de ocorrência, policiais militares de Nova Ubiratã receberam uma denúncia anônima, informando que membros do Comando Vermelho estavam planejando atentados contra os militares e o prefeito Edegar Bernardi.
Pelos crimes, o trio supostamente receberia R$ 8 mil.
Diante da denúncia, as autoridades foram até o primeiro endereço indicado pela denúncia, onde o primeiro suspeito foi preso. No local, as equipes apreenderam porções de pasta base de cocaína, celulares, uma espingarda de pressão, além de facas de diversos tamanhos e uma balança de precisão.
Em seguida, os policiais foram até outro endereço, onde estavam outros dois faccionados. Assim que perceberam a presença policial, eles tentaram fugir, mas foram rapidamente contidos e presos. No local, os agentes apreenderam várias porções de cocaína.
Em interrogatório, dois deles confessaram que são membros do Comando Vermelho e que estavam preparando os entorpecentes para a venda e que no momento em que foram presos, estavam preparando as drogas para venda.
Os três foram presos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil.
EXECUÇÃO DESCARTADA
Após ouvir os criminosos e realizar diligências pela cidade, a Polícia Civil informou que não encontrou elementos suficientes para comprovar a veracidade do plano de execução do prefeito de Nova Ubiratã.
Mesmo assim, as autoridades se reuniram com o gestor e garantiram sua proteção, especialmente no período que antecede as eleições deste ano, que acontecerão em outubro.
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