Ana Adélia Jácomo
Única News
A decisão de seguir com o projeto do BRT (Bus Rapid Transit) em Mato Grosso, após o polêmico abandono do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), continua sendo um ponto de atrito e preocupação política.
Em entrevista ao podcast Política&Política, do Grupo Única de Comunicação, o vereador Dilemário Alencar (União Brasil) trouxe à tona seu ceticismo e a visão de um "desgaste" para o governo na manutenção do modal. (Veja a entrevista completa no final da matéria).
Dilemário, que presidiu a Comissão de Acompanhamento Municipal das Obras da Copa, relembrou os problemas do VLT, obra que, segundo ele, foi criada "para roubar" e culminou em escândalos de corrupção. Ele defende que o projeto original era o BRT, e a troca pelo VLT representou um "golpe" à época.
Agora, mesmo reconhecendo o esforço do governador Mauro Mendes (União Brasil) em "consertar esse erro" e retomar o BRT, Dilemário Alencar não se mostra otimista.
"Olha a dificuldade que ele [governador] está tendo, né? Não está sendo fácil. Você viu que até agora não terminou esse trecho aqui da Avenida do CPA?", apontou o vereador.
A crítica mais contundente reside na própria escolha do modal. Ele afirmou que, se estivesse na posição de governador, teria optado por outro caminho.
"Se eu fosse o governador, eu não ia fazer esse tal de BRT. Que desgaste! Olha, não é fácil", declarou. Segundo o vereador, embora Mendes tenha ficado em uma "sinuca de bico" – criticado se parasse, criticado se continuasse –, a opção pelo BRT tem sido custosa e prolongada.
Dilemário Alencar expressou dúvidas de que a obra seja concluída ainda na atual gestão, considerando a complexidade e os trechos que ainda faltam.
Ele lamentou que o custo acumulado do VLT e do BRT, que se aproxima de R$ 2 bilhões, poderia ter asfaltado a capital quatro vezes.
BRT - Entenda situação atual
O Consórcio Integra BRT é agora o responsável pelo primeiro lote, que compreende o corredor principal: o trecho da Avenida do CPA até o Terminal de Várzea Grande.
GOV-MT

O contrato, avaliado em R$ 155,1 milhões, estabelece um prazo de 180 dias (seis meses) para que o consórcio finalize os projetos executivos e execute as obras remanescentes.
Os trechos urbanos inclusos neste contrato são:
Avenida do CPA: Entre o Viaduto da Sefaz e a Defensoria Pública.
Avenida Tenente-Coronel Duarte: Do CREA até a ponte Júlio Müller.
Várzea Grande: Conexão do Aeroporto Marechal Rondon ao novo terminal de passageiros.
O contrato também prevê obras de drenagem específicas na Avenida Tenente-Coronel Duarte, próximo ao Shopping Popular. A drenagem mais ampla da bacia da Prainha segue sob responsabilidade da Águas Cuiabá, em parceria com a Prefeitura de Cuiabá.
Interdições no trânsito
A partir deste sábado (28), o trânsito será impactado pela concretagem do último cruzamento da Avenida do CPA, na altura da Rua Alenquer (próximo ao Ginásio Verdinho).

Este ponto ficará interditado por aproximadamente 20 dias. As linhas de ônibus que utilizam a Rua Alenquer terão um desvio pela Rua Marzagão, seguindo pela Avenida Osasco até a Rua Alenquer, com a instalação de um semáforo para gerenciar o fluxo.
Com a concretagem de pistas, calçadas e a implantação do Parque Linear, as obras seguem o cronograma do acordo de rescisão contratual com o consórcio anterior, com previsão de conclusão para agosto.
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