Kamila Arruda
Ari Miranda
Agora que está aparentando ter sido "Um dos maiores golpes da história de Mato Grosso". Essa é a avaliação do deputado estadual Wilson Santos (PSD) com relação aos consignados dos servidores públicos estaduais. Para o social democrata, há pessoas grandes envolvidas nesse esquema formatado para surrupiar dinheiro do trabalhador e do erário público.
"A cada dia isso fica mais claro. É um absurdo o que aconteceu. É uma noite de terror para o servidor. [...] Na minha concepção tem gente importante envolvida nisso do governo, tem gente importante envolvida nisso do Sistema Financeiro Nacional. [...] Vamos aguardar que isso vai acabar na Polícia", disse na manhã desta sexta-feira (23).
Diante disso, ele pede que os órgãos fiscalizadores e também a Assembleia Legislativa apure os fatos. "Eu espero que a Assembleia Legislativa, que o Tribunal de Contas, que o Ministério Público possam debruçar sobre esse tema e trazer luzes a tudo isso, para entender o que aconteceu e punir os responsáveis, porque não é apenas um", completou.
Para o parlamentar, "nós estamos só no começo da revelação de um dos maiores escândalos da história de Mato Grosso".
"Uma parceria com um banco que você não sabe onde fica a sede, quem são os proprietários. Um banco que não tem reconhecimento como comercial pelo Banco Central, um banco que não presta conta das movimentações financeiras segundo as regras do Conselho Monetário Nacional, um banco que diz que expede um cartão de crédito e que o servidor nunca teve acesso a esse cartão físico ou virtual. É um terror o que eu estou vendo e tem mais de R$ 1,5 bilhão já envolvidos nisso", reforçou.
O banco a qual Wilson se refere é o Capital Consig. Ele lembra que apresentou um decreto legislativo que visa encerrar as atividades da empresa Capital Consig Sociedade de Crédito Direto SA.
A ideia é suspender a atuação da empresa responsável pelas consignações em folha de pagamento dos servidores públicos estaduais, para amortização de cartão de crédito consignado, o chamado MT Card.
A propositura será votada na próxima sessão ordinária que ocorre na quarta-feira, dia 28.
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