Da Redação
(foto: reprodução)

O presidente interino da Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Estado de Mato Grosso (Ager), Luís Arnaldo Faria de Mello, teve a nomeação revogada pelo governador Pedro Taques (PSDB), após ser alvo da operação ‘Rota Final’, deflagrada na manhã desta quarta-feira (25). A decisão circulou no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (27).
No inicio de abril, Luís Mello deixou de ser diretor regulador de Transporte e Rodovias da Ager para assumir interinamente a presidência, após Eduardo Moura (PSD) deixar o cargo por orientação do partido.
Luís Mello e Eduardo Moura são investigados pela Delegacia Fazendária (Defaz), que apura fraudes em concessões do sistema intermunicipal de transporte do Estado.
Segundo a decisão, Mello ficou proibido de ter acesso a agência, da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) e do Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso (Cepromat, que atualmente é intitulada da Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI).
Ele também está impedido de manter contato com colegas de trabalhos dessas secretarias ou autarquias e demais investigados. As mesmas imposições foram determinadas para Eduardo Moura.
Eles são acusados de se associarem ao presidente e o diretor financeiro da Verde Transportes, Eder Pinheiro, e ao sócio da Viação Xavante Ltda, Júlio César Sales Lima, principais alvos da operação.
“Por ora, é possível afirmar que a organização conjecturada, cuja identidade de todos os seus membros ainda é desconhecida, tem como braços externos os empresários Eder Augusto Pinheiro e Júlio Cesar Sales Lima, que publicamente adotam medidas e ações a favor do GRUPO, inclusive cooptando adesões, cujo braço estatal encontra-se instalado na Ager, por intermédio dos servidores públicos Eduardo Alves de Moura, Luis Arnaldo Faria de Mello, Jucemara Carneiro Marques Godinho e Emerson Almeida”, diz trecho da investigação.
A operação
A Rota Final investiga esquema de pagamento de propina para fraudar licitação e manterem as concessões do transporte rodoviário intermunicipal em Mato Grosso.
As investigações são baseadas na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, que aponta esquemas realizados em seu governo e as pessoas que participaram deles.
A investigação apura fatos contidos na delação do ex-governador Silval Barbosa, dando conta de que o grupo de empresas teria repassado um total de R$ 6 milhões a ele, sendo que R$ 2 milhões foram custeados pela Martelli Transportes, do empresário Genir Martelli (delator do esquema).
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