Mayara Campos
Única News
O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, declarou que os policiais penais não podem deflagrar nenhuma greve, pois estão inseridos no Artigo 144 da Constituição Federal, que veda a paralisação de policiais. Ele disse ainda à imprensa na manhã desta sexta-feira (10), que aqueles que estão insatisfeitos, podem aspirar outras carreiras, por meio dos novos concursos que ocorrem em breve.
Os servidores penais de Mato Grosso declararam estado de greve, na quarta-feira (08), reivindicando a equiparação salarial com outras categorias da segurança. Eles aguardam o prazo de 72h, que vence no domingo (12), para iniciar a paralisação.
Uma reunião entre o Governo e a categoria foi agendada para a próxima terça-feira (14), para tratar das reivindicações. No entanto, se a greve for deflagrada no domingo, Bustamante disse que será difícil a negociação com a classe, pois o governo tem posicionamento firme e contrário a qualquer tipo de greve.
“O governador é muito sensível a isso, tem estudado, vai dar a RGA agora para todos os servidores dentro da proposta que foi feita, e qualquer alteração de tabela implica em todas as categorias também. Não se pode privilegiar uma em detrimento das outras, então o governador está analisando tudo o que pode ser feito. Agora, se tiver movimento paredista que contraria as decisões judiciais, o governo nem abre negociação”, disse o secretário.
Sobre a possível negociação, Bustamante disse que o governo irá esperar a movimentação dos servidores. "É igual jogo de xadrez, um movimento de um lado, um movimento de outro [...] Tem que ter calma, não vamos resolver todos os problemas do mundo num mandato”.
O gestor afirmou que a categoria busca um aumento salário há mais de oito anos, porém, a realidade do Estado era diferente. Mendes assumiu quando o governo estava com muitas dívidas.
“Toda reivindicação salarial é justa, o governador escuta todo mundo, mas tem que escutar de uma forma republicana, de uma forma que o governador atenda todo mundo. Vai sair concurso público agora para Polícia Civil, Polícia Militar e muitas vezes a categoria pode estar insatisfeita com o salário, e pode tentar um novo concurso e entrar em outra categoria. São categorias diferentes, trabalhos diferentes e não tem que se falar em equiparação de PM, civil, bombeiro e sistema prisional. São trabalhos diferentes, não tem um melhor que o outro, mas são propostas diferentes”, declarou Bustamante.
“Agora se não estiver muito satisfeito, vai ter concurso aí agora, quem quiser pode tentar aspirar outra carreira”, complementou.
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