Da Redação
(Foto: Reprodução/Gazeta Digital)

Os enfermeiros da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá foram às ruas para uma manifestação, nesta sexta-feira (23), para cobrar o pagamento dos salários que estão atrasados.
A manifestação foi em frente da instituição durante a tarde com cartazes e gritos de guerra na Avenida General Mello na região central da capital.
Os enfermeiros não se intimidaram e cobraram do governador Pedro Taques (PSDB), "seu governante, eu não aguento. Eu passo fome, cadê meu pagamento?" foi um dos gritos de guerra dos profissionais.
A categoria está com os salários atrasados há três meses e entraram de greve há mais de 40 dias. Próximo ao hospital, os enfermeiros bloqueavam temporariamente o trânsito dos veículos e abriam os cartazes com frase de cobrança.
De acordo com informações da unidade, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está funcionando apenas em 50% do efetivo. Já enfermarias e pronto-atendimento estão trabalhando apenas 30% dos funcionários.
Em agosto, o governo de Mato Grosso fez uma proposta a categoria de que com a ajuda da Prefeitura de Cuiabá, seria repassados R$ 6 milhões para solucionar os problemas financeiros da unidade.
Os funcionários não aceitaram a proprosta e decidiram manter a greve enquanto não receberem os salários atrasados, além de não terem concordado com a forma que o dinheiro seria distribuído. Ainda alegam que o dinheiro seria insuficiente para pagar salários dos funcionários e os médicos.
O governo ofereceu uma proposta de que os R$ 6 milhões, seria pago em duas parcelas, sendo uma para o dia 29 de agosto e a outra no dia 29 de setembro.
Segundo o Secretaria Estadual de Saúde (SES), o repasse de R$ 6 milhões foi acordado com a Santa Casa e a parte do Estado no valor de R$ 3 milhões foi repassada à Santa Casa.
Procuramos a direção da Santa Casa, mas não fomos atendidos.
Leia a nota da SES:
Não existe dívida da Estado com a Santa Casa de Cuiabá, já que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não tem contrato direto com as instituições. Quem contrata os serviços são os municípios e, no caso de Cuiabá, é a prefeitura que faz a constratualização dos serviços.
Além dos valores repassados ao Fundo Municipal de Saúde para a prefeitura pagar o custeio dos leitos de UTI na Santa Casa, o Estado, inclusive, tem repassado 20% dos recursos arrecadados pelo Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) que são depositados nas contas dos hospitais filantrópicos. Entre agosto e novembro deste ano, o Fundo Municipal de Saúde já repassou para a Santa Casa de Cuiabá R$ 2.449.062,38 oriundos do FEEF.
Em agosto deste ano, para socorrer a Santa Casa e por fim a paralisação em virtude do atraso de pagamento de salários de médicos, enfermeiros, e de fornecedores, o Estado e a Prefeitura de Cuiabá fecharam um acordo intermediado pelo Sindicato de Enfermagem de Mato Grosso (Sindspen-MT) para repassar à Santa Casa R$ 6 milhões.
O Estado, por meio da SES repassou a metade (R$ 3milhões) em duas parcelas de R$ 1,5 milhão pagas em 30 de agosto e 30 de setembro. Esse dinheiro foi repassado à Santa Casa como forma de empréstimo, com o compromisso de o hospital devolver ao Estado a primeira parcela em 30 de dezembro.
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