Ana Adélia Jácomo
Única News
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), demonstrou nesta terça-feira (8) profunda preocupação com o futuro da Santa Casa de Misericórdia, o hospital mais antigo de Mato Grosso.
Em declaração à imprensa, afirmou estar descontente com a situação e que acredita que o hospital foi "deixado de lado" por aparente falta de empenho de outros poderes para encontrar uma solução para a unidade.
"Estou muito preocupado porque comecei essa discussão. Levamos para a Assembleia Legislativa, e os deputados, que no começo até demonstraram interesse, foram se afastando. Agora vejo essa situação ser negligenciada", lamentou.
A fala do prefeito ocorre um dia após o governador Mauro Mendes (União Brasil) reafirmar que a Santa Casa será fechada definitivamente tão logo o novo Hospital Central seja inaugurado, o que está previsto para setembro.
Mendes justificou a decisão alegando que a edificação da Santa Casa não pertence ao Estado e, por isso, não seria mantida em operação.
O prédio, que é propriedade do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23), está programado para ser leiloado para cobrir uma dívida trabalhista superior a R$ 50 milhões, acumulada ao longo de cinco anos. Desse montante, R$ 43,7 milhões ainda estão pendentes de pagamento, distribuídos em aproximadamente 470 processos judiciais.
Prefeito estuda compra do prédio
Secom MT

Abílio disse que conversou com a presidente do TRT-23, que confirmou a intenção de levar o imóvel a leilão caso o Governo do Estado não realize a compra direta. O imóvel seria dividido em lotes, incluindo o estacionamento, a área do laboratório Carlos Chagas e a parte tombada historicamente.
Para o prefeito, essa fragmentação desvalorizaria o patrimônio e inviabilizaria futuros projetos para o local. Embora não acredite que o Estado vá desistir da aquisição, Brunini afirmou que, se isso acontecer, pretende intervir para evitar o encerramento total da unidade.
“O meu desejo é não deixar a Santa Casa é acabar. Esse é o meu desejo. Eu estou quase, eu mesmo indo lá, e fazendo uma dívida para o município de Cuiabá e comprando tudo com a Justiça porque eu estou vendo que os outros entes não estão interessados no assunto. Estou quase indo lá e fazendo compromisso para salvar a Santa Casa e salvar toda essa situação”.
A Santa Casa deve continuar operando até a abertura do Hospital Central, prevista para setembro. Após essa data, sem uma nova solução, a unidade será desativada, e seus serviços e pacientes serão redistribuídos para outras instituições de saúde.
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