Revista Única
Da Redação
O entrevistado da edição 182 da Revista Única, do Grupo Única de Comunicação, veículada neste mês de setembro, é o deputado estadual Doutor João. Durante o bate papo, o parlamentar que foi eleito recentemente primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o segundo cargo mais importante do legislativo estadual para a Mesa Diretora referente aos biênios 2025-2027, fala sobre seus desafios para a nova função, as metas do partido para as eleições e a saúde em Mato Grosso. Confira a entrevista na íntegra!.
Única – Doutor João, vamos falar mais um pouco sobre seu histórico. De médico pioneiro na sua área, a deputado estadual. Porque escolheu a política?
Doutor João – "Eu morei 25 anos aqui em Cuiabá. Nós fomos abrir uma clínica em Tangará da Serra, eu e dois sócios meus. Não tinha ninguém pra ir para Tangará da Serra entre os três, e para trazer um médico de fora era muito caro. Eu tinha uma filha pequena na época, minha filha tinha quatro anos de idade. E aí os colegas disseram: "você não quer ir? Vai lá, você é do interior de São Paulo. Vai lá para ficar seis meses, arruma uma clínica, deixa tudo organizado e vem embora". Fui ficando na cidade do interior. Eu trabalhava muito, fui gostando, fazendo amizades, um lugar muito gostoso para se viver, Tangará da Serra é maravilhosa. Minha filha pegava a bicicleta dela para ir nessa na aula de educação física atravessando a cidade, quer dizer, tudo de acordo, uma vida pacata, uma vida legal no interior. Eu tinha um filho que se formou em Medicina, o Rafael, meu filho mais velho, e ele foi trabalhar na região. Ele começou ali em Marilândia e depois foi para Tangará. Ele sempre pedia para eu ser candidato e eu sempre falava para ele que não. Eu gostava muito de política, mas eu não tinha dinheiro. Como é que você vai entrar numa política, candidatar a deputado? É complicado, muito difícil. Ele falou: "não, pai, eu te ajudo, eu vou para rua com você". Mas infelizmente esse meu filho teve um infarto fulminante em 2017. Eu prometi no velório dele que eu ia fazer o que era o sonho dele. O sonho dele era um sonho da seguinte forma: não era do pai dele ser deputado, o sonho dele era de participar de uma campanha, uma campanha de deputado e ir pra rua pedir voto. Ele era um menino que todo mundo conhecia. Eu fui para a guerra, foi uma estrutura financeira muito pouca, muito pequena, sem apoio de ninguém, sem apoio inclusive do partido, porque eu era novo. O MDB de Tangará da Serra não queria deixar eu ser candidato, não queria que eu fosse. E aqui em Cuiabá o Carlos Bezerra e a Janaina Riva disseram que eu seria candidato. Na época, em 2018, era uma grande coligação, diferente de agora, e era a coligação mais difícil que a gente estava. Então falaram: “ele vai ajudar na coligação, vai ter cinco, seis, sete mil votos, porque é médico no interior”. Era uma chapa muito pesada: Dilmar Dal Bosco, Botelho, Janaina Riva. Mas ganhamos a eleição, começamos a trabalhar e depois gostamos. Para a reeleição aumentamos um pouco o número de votos em Tangará, manteve um torno de 15 mil votos e nós aumentamos fora de Tangará em mais cinco mil votos".
Única – Foi uma surpresa o senhor conseguir sua eleição em 2018, já que o senhor que teve que dar “a cara a tapa”?
Doutor João – "Eu fiquei muito surpreso na minha campanha. As pessoas falavam na época que com 15 mil votos se elegia por causa desse “chapão”. Eu achava que eu teria mais de mil votos aqui em Cuiabá, porque eu morei muitos anos aqui e em algumas cidades da Baixada. Em Tangará eu teria esses votos, porque a receptividade era muito grande, eu ia de casa em casa em casa, eu fui de consultório em consultório médico, consultório odontológico, escritório de advocacia. Eu fui conversar com a população e eu sentia que eles queriam um representante. Eles queriam mudança, que foi uma época da mudança na época que o Brasil exigia mudança. Eu tinha um nome limpo, o nome tranquilo, um médico que tinha feito um trabalho social muito grande pelo Estado. Levei uma clínica de hemodiálise para Tangará, que é um bem social incrível. E deu certo, graças a Deus".
Única – Em que pé está a volta dos transplantes renais em Mato Grosso? Será que o senhor ainda consegue realizar esse sonho? ]
Doutor João – Ficou parado muitos anos. Tinha uma equipe de 10 médicos, cinco nefrologistas e cinco urologistas. Na época, politicamente acabaram com isso, nos tiraram da situação, colocaram outras pessoas e a coisa não andou e ficou esse tempo todo parado. O Hospital Santa Rosa era quem fazia transplante e perdeu o interesse de fazer. A Santa Casa começou a arrumar a documentação. Agora, o Hospital São Mateus já montou uma equipe e vai começar a fazer transplante de doador vivo o mais rápido possível. Estive conversando com o médico-chefe, doutor Jonathan, uma pessoa muito competente, muito boa de serviço e que veio de São Paulo com um grupo de transplantadores muito bacana. Como presidente da Comissão de Saúde, vou me colocar totalmente à disposição para um contato entre a Assembleia e o Governo do Estado e a equipe. Então, o meu sonho vai ser realizado e depois nós vamos fazer um trabalho muito importante para fazer o transplante de rins de cadáver, que é uma coisa muito importante, estimular a doação de órgãos. Eles vão começar na realidade com transplante de doador vivo e já vão fazer reuniões para fazer protocolo de transporte de cadáver. Só que para essa doação, a gente tem que orientar a população, fazer um trabalho junto às mídias, fazer um trabalho bem bacana. Mesmo se for doador e tiver uma morte encefálica, quem vai decidir é a tua família. Por isso você tem que falar em vida para a sua família, para na hora concordarem de fazer a doação.
Única – Como o senhor vê essa situação da estadualização do Hospital do Câncer de Mato Grosso?
Doutor João – Eu achei ótimo, achei fantástico, porque o investimento que vai ter ali vai ser quase o triplo do dinheiro investido. Vai ser muito bom, vai mudar um pouco a filosofia da oncologia aqui, do tratamento de câncer. Porque ali no hospital, como vai ter um investimento muito grande, o doente vai chegar, vai ser feita a biópsia nele, vai ser feita a cirurgia, a quimioterapia ou radioterapia. A fila vai ser muito mais rápida e o tempo entre o diagnóstico e o tratamento também vai ser mais rápido. Esse tempo que é prejudicial, porque muitas vezes você faz um diagnóstico, a biópsia e quando você for fazer o tratamento, já está muito desenvolvido aquele câncer, não tem mais condições. Então, vai ser muito mais rápido, muito mais ágil, com fila menor, vai ter ambulatório.
Única – Tem muitos pacientes oncológicos que vêm de longe tratar. Fale dessa realidade.
Doutor João – Eu tenho eu tenho um pensamento que a gente tem que montar clínicas de quimioterapia, clínica de oncologia em todas as cidades-polo no nosso Estado. Eu fui em Pontes e Lacerda uns dois, três meses atrás, eu fiquei encantado. Eles têm lá no hospital regional 10 leitos de quimioterapia. Nós temos que fazer isso em todos os hospitais regionais do Estado. Mas justamente porque a pessoa que vem pra cá é um sofrimento muito grande. Ela fica tantas horas, uma parte do dia fazendo uma sessão de quimioterapia e depois era viaja, mais 400, 500, 800 ou até 1.000 quilômetros com náusea, vômito, passando mal. Precisamos em toda cidade-polo uma clínica, não só de oncologia, mas também de hemodiálise.
Única – A saúde de Cuiabá não saiu das manchetes desde o ano passado. O senhor é presidente da Comissão de Saúde na Assembleia, como avalia o cenário?
Doutor João – Não é de agora, piorou muito nos últimos anos para cá. Realmente foi um caos, mas a saúde de Cuiabá vem sendo deteriorada devagarinho com o passar dos anos e chegou nesse ponto que chegamos, um secretário sendo preso, operação da polícia, tendo um monte de problema. Tivemos uma intervenção onde foi feito um diagnóstico. O diagnóstico é feio, é muito grande. As coisas têm que ser feitas e começaram a ser feitas, mas muita coisa não dava tempo, a intervenção tinha data para terminar. Eu inclusive conversei com o desembargador Orlando Perri na época, pedi para ele continuar com a intervenção, que estava evoluindo, estava indo bem. Ele falou que não podia, ia dar problema na justiça. Mas agora já vamos ter aqui na Baixada Cuiabana o Hospital Central, que estava há 40 anos parado e vai inaugurar final do ano. Temos a obra do Hospital Júlio Muller na estrada que vai para Santo Antônio e até o final do ano que vem também provavelmente inaugura. Nós vamos ter no Estado mais quatro regionais que estão sendo construídos em Confresa, região do Araguaia, Tangará, Juína e Alta Floresta. Ou seja, o interior do Estado vai melhorar muito. E aqui, na Baixada Cuiabana, vai parar de vir o doente do interior e com esses hospitais com esses leitos hospitalares, eles vão ter condições de um tratamento digno.
Única – Deputado, o senhor foi o nome de consenso para primeiro secretário da Assembleia, com apoio da deputada Janaina Riva, que a princípio era a “dona” da vaga. Como foi essa construção? Doutor João – Eu estava inclusive viajando, eu fui num casamento de uma jornalista, uma amiga minha de muitos anos no Nordeste. Cinco dias depois, as coisas aqui estavam acontecendo. Eu não estava sabendo e vim embora. A notícia foi que a Janaina sentiu que estava perdendo espaço, que poderia não ganhar a eleição, os 13 votos necessários e ela abriu mão. Sentaram Botelho, Max e a própria Janaina, tinha outros nomes, foi colocado em pauta e o meu nome foi o único de consenso. Eu fico feliz e grato de ser escolhido em um grupo. A minha responsabilidade vai ser maior ainda, porque foi unânime, os 24 deputados votaram nessa chapa. Vamos procurar fazer um trabalho bacana junto aos parlamentares, junto à sociedade, junto aos funcionários da Assembleia. A gente fica muito feliz de ser escolhido, é uma gratidão que eu tenho com os colegas. Eles foram fantásticos comigo e meu jeito de ser, minha forma de ser, eu acho que eu conquistei aos poucos essas pessoas e eles votaram em mim e eu fui o nome de escolha.
Única – O senhor acha que o parlamento foi justo com Janaina? O senhor já tinha imaginado fazer parte da Mesa? Doutor João – Eu acho que... não é que foi injusto, eleição é eleição. Janaina é a nossa pré-candidata ao Senado pelo MDB. Dos 24 deputados lá, se bobear 18 pelo menos, apoiam ela. Então é coisa de momento, de eleição, de poder, de estica, empurra, quem é, quem não é. Quando colocaram meu nome apaziguou tudo e ficou essa situação. Ela me apoia, está do meu lado, é minha colega, minha parceira e minha amiga. Os outros colegas que tinham pretensão também vieram falar comigo, me abraçaram, não tem problema nenhum. Eu acho que a Assembleia saiu fortalecida diante disso, não teve briga, foi tranquila. Eu acho que dá para nós fazermos uma gestão muito bacana, uma gestão muito competente, eu e o deputado Max Russi.
Única – Essa nova Mesa Diretora assume no ano que vem. O novo presidente, Max Russi, é o atual primeiro secretário. Quando começa e como deve ser essa transição de cargos?
Doutor João – Estamos começando devagar, esperando, mas estamos conversando já. Mas o processo realmente final vai ser após a eleição, até em respeito ao deputado Botelho. Ele é o atual presidente da Assembleia e participou de toda essa negociação. Mas está tranquilo. Eu e o Max sempre tivemos uma relação de amizade, uma relação muito boa e vamos continuar tendo sem problema nenhum.
Única – Eleições 2024: o parlamento em peso está apoiando Eduardo Botelho para a Prefeitura de Cuiabá. Para quem é o seu apoio pessoal e qual o maior desafio para quem for eleito na capital?
Doutor João – Na minha cidade eu apoio o atual prefeito, o Vander Masson. Naquela cidade circunvizinha a gente apoia praticamente todos os prefeitos. A grande maioria vai ter condições de reeleição, só de Nortelândia que não. Aqui em Cuiabá a gente apoia 100% do Eduardo Botelho. Botelho é nosso amigo, ele é um conhecedor de Cuiabá. Além da sua inteligência como gestor, tudo que ele já foi, tudo que ele é. Botelho vai ter um apoio maciço da Assembleia Legislativa, um apoio muito grande. E vai ter um apoio do Palácio Paiaguás, coisa que não existe hoje, Palácio Paiaguás e Prefeitura não conversam, são brigados. Então, acho que o governador está sentado junto com o Botelho, o vice-governador, o Palácio Paiaguás está junto. Tanto é que o Fábio Garcia, o Fabinho, é um dos articuladores responsáveis pela campanha do Botelho. Temos tudo para o ano que vem navegar em águas mais tranquilas, e ter uma qualidade de vida para o povo cuiabano, bem melhor do que tem hoje.
Única – Temos um nome do MDB nessa disputa em Cuiabá: o Domingos Kennedy. Avalie essa candidatura.
Doutor João – Eu conheço de nome o Domingos Kennedy, eu sei que as pessoas que conhecem falam muito bem dele, que é muito inteligente, uma pessoa competente. Só que aqui em Cuiabá o MDB é “rachado”, o municipal ou estadual, eu pertenço ao estadual, então eu não fico fazendo polêmica com o prefeito ou com ninguém. Eu procuro respeitar todo mundo. Só que a conduta é andar com o pessoal do estado.
Única – O que causou esse racha?
Doutor João – Acho que foi o tempo. Essas brigas todas, essas situações que vieram acontecendo, principalmente o caos da saúde, na cidade e o caos de gestão. Toda hora sai, vem liminar daqui e dali, isso é ruim para uma capital. E essa briga dos dois [Mauro Mendes e Emanuel Pinheiro], que fala que está certo e outro está errado, é o famoso perde-perde. Na política hoje tem que ter o ganha-ganha. Essa situação do Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá não conversarem, só se agredirem, é o famoso perde-perde e quem perde é só a população.
Única – Diferente é o cenário em Várzea Grande. O MDB está caminhando com certa tranquilidade com Kalil Baracat disputando a reeleição. Fale sobre esse quadro.
Doutor João – Muita gente, muitos deputados, muitos vereadores apoiando. Nós vamos ter uma eleição não “tranquila”, pois não existe eleição tranquila. Mas eu acho que com grandes condições do prefeito Kalil se reeleger.
Única – O senhor acha que o grupo da Direita, com Flávia Moretti, representa alguma ameaça?
Doutor João – Ela é uma pessoa muito competente, uma pessoa muito inteligente, eu acho que eles escolheram um bom nome. Mas política é momento, eu acho que talvez ainda vai chegar o momento dela. O que a gente percebe é que o Kalil tem muito respeito com o nome dela e tem que ter mesmo, que é uma pessoa muito inteligente, uma pessoa muito capaz.
Única - Quais são os planos do MDB nas eleições municipais, as expectativas para eleição de prefeitos e vereadores?
Doutor João – O plano é fazer uma grande quantidade de prefeitos, vice-prefeitos. Podemos eleger o prefeito em Rondonópolis, em Várzea Grande, em Sorriso estamos muito bem mesmo com o Damiani, tem um 1º de pesquisa. Várias cidades médias e pequenas uma candidatura que é viável, é possível, e inclusive de prefeito vice-prefeito e vereadores. Está todo mundo muito animado, eu acredito que nós vamos aumentar muito a quantidade de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores para fortalecer o partido para 2026 para a gente ter uma mulher como senadora da República (Janaina Riva).
Única – Na Assembleia Legislativa temos quatro deputados que vão disputar prefeituras: Botelho e Lúdio por Cuiabá e Thiago e Cláudio por Rondonópolis. Como fica a relação no parlamento?
Doutor João – A relação é muito boa, principalmente o Lúdio e o Botelho. É uma convivência muito tranquila, o próprio Abilio vai na Assembleia, almoça com a gente, é tranquilo. A gente brinca: quem vai para o segundo turno e quem que não vai? É um ambiente muito tranquilo. Em relação a Rondonópolis melhorou, tinha algumas briguinhas políticas entre Thiago e o Cláudio. Mas agora mudou, todo mundo se abraçando, brincando um com o outro. Na primeira legislatura, eu não vou citar nome, mas um colega muito inteligente, ele era vereador e suplente de deputado e acabou assumindo, acho que uns dois meses... ele sentava pertinho de mim, sempre tive um relacionamento muito bom com ele. Teve a primeira sessão, ele lá todo feliz da vida e tal, uma coisa diferente, a família dele foi lá, muito bacana, é muito emocionante. Teve sessão, um discute com outro discordando, tudo com respeito. Ele virou para mim e falou assim "Joãozinho é sempre assim? Tranquilo, com respeito? Na Câmara estava um jogando cadeira um no outro, xingando". Eu acho que a Assembleia é o lugar mais democrático que nós temos no nosso estado. Eu acho que você tem voz para tudo, você pode discordar sem problema nenhum, a gente discorda politicamente por ideias, mas nós podemos sentar amanhã, discutir um projeto onde a gente apoia. Quer dizer, não tem muito problema não.
Única – Quais são as metas pra essa nova Mesa Diretora?
Doutor João – Eu não sei até onde eu posso ir. Eu comento o seguinte: eu sou um deputado muito ligado à saúde, eu sou médico e sempre fui da Comissão de Saúde da casa. Eu sou municipalista, eu vivo muito em função de ajudar o interior do Estado, eu sou do interior do Estado, onde eu vejo muitas cidades que precisam da gente, precisa do poder público, precisa da Assembleia, precisa do Palácio Paiaguás, para eles conseguirem sobreviver em todos os sentidos. Na minha região tem agricultura familiar, onde a gente ajuda muito, tem muita emenda, muitas situações para ajudar a agricultura familiar do Estado. Então, eu chegando lá, quero ver o que que eu posso fazer, não só para isso, mas para tudo. O primeiro-secretário pode fazer emenda parlamentar, mas eu posso fazer, ajudar a reformar uma escola, eu posso fazer isso. Eu quero saber até onde vai a minha atuação, o que eu posso fazer e fazer dentro de uma forma bem republicana, transparente, para a gente fazer muita coisa. Todo mundo fala que tem “uma caneta muito pesada”, pois tem muito dinheiro, então vamos investir e aplicar esse dinheiro da melhor forma possível, uma qualidade de vida do nosso povo.
Única – Já chegou a ser ventilado o nome do senhor como possível prefeito de Tangará da Serra. O senhor recuou?
Doutor João – Eu nunca tive vontade, já me chamaram várias vezes. Eu acho que eu ajudo muito mais Tangará da Serra e aquela região toda, porque sou o único deputado. Eu posso ajudar muito mais aqui na Assembleia Legislativa com emendas, com um relacionamento da Secretaria de Infraestrutura, com o relacionamento com o governador do Estado, com o vice, o chefe da Casa Civil. Então a gente pode ajudar muito mais, porque tudo o prefeito pedir para nós aqui, nós vamos procurar, chamar ele e junto com ele dar condições de melhorar as cidades.
Única – Nos fale sobre seu futuro político a partir de 2026. Tem planos de reeleição ou tentar novos cargos?
Doutor João – Se eu tiver condições, estiver bem saudável, tranquilo, numa boa, eu pretendo ser candidato a mais uma reeleição. Eu acho que eu ainda posso ajudar bastante, principalmente a minha região. A gente pode ajudar pessoas que a gente convive, que a gente gosta. Então, se eu tiver condições de saúde, com certeza mais uma eleição para deputado estadual. A gente tem que colocar o chinelinho da humildade. Vamos ser deputado estadual, que ajuda muito mais a nossa população do que galgar alguma coisa que é muito difícil.
Única - Tem outras esferas como o cenário federal ou descarta?
Doutor João – Só parlamento estadual. Essa é a minha ideia, é o que eu gosto de fazer, eu gosto de ser legislativo no estado de Mato Grosso, federal eu não tenho a mínima pretensão. Senador: vamos eleger Janaina. Para governador, tem Jayme, tem muita gente boa. Para o Governo o MDB ainda não tem nome, tem o da Janaina, que seria para o Senado, mas ela é nova, ainda pode esperar bastante para o Governo. Tem muita gente aí na fila. Eu aproveito aqui para elogiar o trabalho de um colega, o deputado Júlio Campos. Ele parece que tem 22 anos de idade, que está no primeiro mandato, é uma formiguinha, é uma pessoa que trata todos os colegas com o maior respeito, com dignidade, carinho e com a maior atenção.
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