Da Redação
(Foto: Marcus Mesquita)
O ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, em delação à juíza da Sétima Vara de Criminal, Selma Arruma, na tarde desta terça (4), disse que temia pelo comportamento agressivo do colega de cela, o ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo, na gestão de Silval Barbosa.
Nadaf relatou que um determinado dia, no Centro de Custódia da Capital (CCC), Sílvio afirmou que delator tem que morrer. A afirmação deixou o ex-secretário, tanto pouco desconfortável, pois estava se sentindo pressionado pela família para que fizesse acordo com o Ministério Público.
"Sílvio demonstrava temperamento forte e inquietação e sempre me perguntava o que eu escrevia ou estava pensando. Em certo ponto fiquei bastante preocupado pela minha integridade física", contou à juíza.
Réu na operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Nadaf, depõe após acordo de delação premiada, homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, à juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda.
A operação investiga um desvio de dinheiro público milionário através de uma desapropriação de uma área no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. A desapropriação na ordem de mais de R$ 39 milhões, retornou em forma de propina para o suposto grupo criminosos na ordem de mais de R$ 15 milhões.
A deflagração da operação Sodoma em sua quarta fase, envolve ainda o os ex-secretários de Estado e Administração, Cesar Zílio e Francisco Faiad, respectivamente, o ex-chefe de gabinete do governo Silvio Cesar Corrêa Araújo. Além também de José de Jesus Nunes Cordeiro, Pedro Elias Domingues De Mello, Valdísio Juliano Viriato, Juliano Cezar Volpato, Edézio Corrêa, Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.
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