Aline Almeida / Revista Única
Um semestre após a nova diretoria da Unimed Cuiabá assumir, novos caminhos começam a ser desenhados segundo o vice-presidente Arlan de Azevedo Ferreira. Ele conta que a nova diretoria teve uma proposta de substituição do grupo diretivo da Unimed que ali estava por um longo período. Segundo ele, o novo grupo representava um sentimento de mudança de todos os cooperados.
“Temos uma modernização da cooperativa. Uma situação que vai fazer melhorar a cooperativa. Para o cooperado, melhorar a remuneração e benefícios. Em relação ao beneficiário, temos o grande desafio que é reduzir a sinistralidade e fazer o direcionamento da assistência para que reduza os custos que faz a partir do momento que procura um atendimento muitas vezes oneroso”, diz.
Arlan diz que os custos cada vez maiores, principalmente para a classe média, têm refletido em dificuldade de se manter no plano de saúde. “A nova diretoria entrou com a finalidade de transformar a Unimed como um plano que faz atendimento a pessoas doentes para oferecer saúde para os doentes. Todo o nosso atendimento será no sentido na redução do adoecimento”, disse.
O vice-presidente diz que foi detectado que, dentro de custo que tem hoje, a sinistralidade está ligada ao pronto atendimento. Segundo ele, a falta de acesso ao médico individual está levando à busca pelo pronto atendimento que tem um atendimento menos personalizado. “O paciente não conhece o médico, o médico não conhece o paciente. Isso vai gerar a necessidade de fazer mais exames. A partir do momento que se coloca uma política de aproximação do cliente, que estimule a busca ambulatorial, este é um momento em que já se reduz custos”, frisa.
Arlan diz ainda que hoje a principal marca da Unimed é a transparência. Ele diz
De acordo com Arlan, a crise que tem impactado as cooperativas em outras cidades não tem atingido Cuiabá. Ele reforça que cada Unimed é singular no Brasil; apesar dos casos da Unimed Rio de Janeiro e Unimed São Paulo que ficaram com problemas gerenciais e de custo, a saúde financeira da Unimed Cuiabá é muita boa. “Temos recursos para pagamento de nossos prestadores de até 27 dias. A nossa cooperativa está muito bem, tem provisionamento como a ANS pede. Temos três folhas para que caso haja qualquer problema tem três meses para pagar em reserva”, conta.que tudo que acontece – contrato, custos, exames de alto custo –, tudo é apresentado aos cooperados para que disso tenham conhecimento. O principal tópico é dar transparência, conhecimento. Em relação ao cliente, o destaque é a aproximação, para que ele reduza o adoecimento. Com os colaboradores o foco é da melhoria com a capacitação. Fazer com que ele se sinta incentivado.
Outra especulação que surgiu nesta gestão foi a possibilidade de destituição da nova diretoria da Unimed sob a alegação de que alguns representantes estariam exercendo a função de forma irregular. Arlan explicou que não tem nenhuma impossibilidade em que haja irregularidade com diretores. Segundo ele, a Comissão Eleitoral não viu nenhum problema nos nomes dos diretores e por isso o processo é legal.
Arlan se formou há 33 anos em medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fez residência médica em pediatria, especialização em pneumologia pediátrica, mestrado na UFRJ, doutorado pela USP em São Paulo, é especialista em medicina legal e perícia médica. Foi diretor clínico do Hospital Júlio Müller, representante do Conselho Regional de Medicina. Na Unimed, fez parte da Comissão de Ética e se dedica como cooperado há mais de 15 anos.
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