30 de Junho de 2025
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VOLTA AO MUNDO Quarta-feira, 06 de Fevereiro de 2019, 09:34 - A | A

06 de Fevereiro de 2019, 09h:34 - A | A

VOLTA AO MUNDO / EQUIPE ECONÔMICA

Comemora fala de Rodrigo Maia após encontro com Paulo Guedes

Por Valdo Cruz
Brasília



A equipe econômica comemorou a entrevista do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concedida logo depois de seu encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo assessores diretos de Guedes, a fala de Maia foi o "melhor apoio" conseguido até agora pelo governo para aprovar a reforma da Previdência neste ano.

A avaliação da equipe de Guedes é que Maia deixou claro que vai estar à frente das negociações para aprovação da mudança nas regras de aposentadoria no país. O deputado disse que sua intenção é aprovar a reforma em dois a três meses na Câmara.

Maia fez, porém, um alerta. O presidente Jair Bolsonaro precisa construir uma maioria dentro da Câmara na ordem de 350 parlamentares, para ter uma garantia de 320 a 330 votos a favor da medida. Ou seja, ao contrário do que é dito no Palácio do Planalto, ainda não há certeza de que o governo tem maioria no Legislativo.

A Câmara tem 513 deputados. Propostas de emendas constitucionais, como deve ser a reforma da Previdência, exigem a aprovação de pelo menos três quintos dos parlamentares.

O mercado e o empresariado gostaram do que ouviram não só de Rodrigo Maia, mas também de Guedes. Em especial, da fala do ministro de que a intenção é conseguir com a reforma uma economia de pelo menos R$ 1 trilhão num período de dez anos, acima da proposta original do governo Michel Temer, que era de R$ 800 bilhões, mas foi desidratada para R$ 400 bilhões com as mudanças feitas na Câmara.

Na avaliação de economistas, uma economia de R$ 1 trilhão será uma forte sinalização de reequilíbrio das contas públicas no médio prazo, garantindo a volta de um crescimento forte nos próximos anos.

Maia chegou a citar 6%, previsão considerada otimista, mas que poderia ser de 3,5% a 4% até o final do governo de Jair Bolsonaro, podendo subir mais no próximo governo.

Em sua fala, Guedes deixou claro que essa economia não seria atingida se for definida uma idade mínima de 62 anos para homens e 57 para mulheres, já citada pelo presidente Bolsonaro. O ministro afirmou que, nesse caso, a transição teria de ser curta e beneficiaria basicamente o atual governo, deixando para o próximo a necessidade de se promover uma nova reforma. E também atingiria mais quem está próximo de se aposentar, o que levaria a pressões contra a reforma.

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