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No dia seguinte à volta dos alagamentos, Porto Alegre tem ruas cobertas por lixo nesta sexta-feira (24). No início da tarde, o nível do Guaíba ultrapassou a marca dos 4,05 metros no Cais Mauá, conforme a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). É a primeira vez que a água fica acima da marca dos 4 metros desde terça-feira (21) - a cota de inundação é de 3 metros.
Ainda na quinta, as águas subiram em vários pontos de Porto Alegre , devido à forte chuva e a problemas de escoamento. Nas horas que se seguiram ao retorno dos alagamentos, entulhos e destruição tomaram conta das ruas, e moradores vasculharam os resíduos, repletos de produtos de lojas do entorno.
Até esta sexta, o Rio Grande do Sul registrava 163 mortes em razão dos temporais e cheias que atingem o estado desde 29 de abril. Em boletim divulgado às 9h, a Defesa Civil ainda informou que 65 pessoas estão desaparecidas.
Até quinta (23), 7,3 mil toneladas de resíduos haviam sido retiradas das ruas, entre móveis estragados, lodo acumulado e varrição, segundo a prefeitura, que faz este trabalho desde o dia 10.
As equipes de limpeza recolhem móveis e estruturas que haviam sido danificadas pela enchente no início do mês e haviam sido descartadas nas calçadas.
A orientação do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), segundo o diretor-geral, Carlos Alberto Hundertmarker, é de que os moradores continuem deixando o lixo do lado de fora das casas, para que sejam recolhidos pela equipe responsável.
Segundo Hundertmarker, a chuva que atingiu a capital na quinta-feira (23) "não atrapalhou" a situação dos entulhos espalhados nas ruas.
Conforme a prefeitura de Porto Alegre, equipes de limpeza urbana atuarão em 15 pontos da cidade nessa sexta-feira (24), para dar conta da coleta dos resíduos. Veja a lista abaixo. As áreas onde ainda há alagamento não poderão ser acessadas.
O motivo dos alagamentos
O diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Porto Alegre, Maurício Loss, alega que os alagamentos aconteceram porque houve muita chuva em pouco tempo e as galerias para escoamento da água estão entupidas por causa do barro e do lixo acumulados após a cheia do Guaíba. Ele nega que tenha acontecido um "colapso" no sistema de drenagem da cidade.
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