Da Redação
Ilustrativa
Com a chegada do Carnaval, a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, reforça o alerta para a importância do uso do preservativo na prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Alessandra Moraes, coordenadora do setor, observa que durante o Carnaval, ou em qualquer ocasião, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina), em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais), é o método mais eficaz para evitar a transmissão de doenças. Serve também para evitar gravidez e está disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde.
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. Dentre as IST destacam-se: HIV/Aids, Sífilis, Hepatites virais, HPV, Herpes genital, clamídia, gonorreia.
Quem tem relação sexual desprotegido pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, não ter conhecimento da infecção e continuar transmitindo IST, e se não forem diagnosticada e tratada, pode levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte.
Um milhão por dia
A OMS estima a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) por dia, mundialmente. Ao ano, calculam-se aproximadamente 357 milhões de novas infecções, entre clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase.
Sífilis
A sífilis afeta um milhão de gestantes por ano em todo o mundo, levando a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil crianças. Na América Latina e Caribe, estima-se que entre 166.000 e 344.000 crianças nasçam com sífilis congênita anualmente.
No Brasil, nos últimos cinco anos foi observado um aumento constante no número de casos de sífilis em gestantes. No ano de 2016, foram notificados 87.593 casos de sífilis adquirida, 37.436 casos de sífilis em gestantes e 20.474 casos de sífilis congênita - entre eles, 185 óbitos.
Em Mato Grosso, nos últimos dois anos, foram notificados 1.733 casos de Sífilis em adultos, 1.356 casos em gestantes e 921 casos de Sífilis congênita.
Aids
De 1980 a junho de 2017 foram identificados 882.810 casos de Aids no Brasil. O país tem registrado, anualmente, uma média de 40 mil novos casos de Aids nos últimos cinco anos.
O número de casos de HIV em adultos notificados em Mato Grosso tem aumentado ao longo dos anos. Subiu de 180 casos em 2012 para 640 em 2017. A detecção e tratamento precoce com antirretrovirais (TARV) retardaram a evolução do HIV para Aids.
Em Mato Grosso, em 2016 foram notificados 378 casos de Aids e a maior incidência de casos de tem sido verificada na população jovem.
Hepatites
De 1999 a 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 561.058 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Em Mato Grosso, entre 2012 e 2016 foram notificados 6.966 casos de hepatites virais e destes 167 óbitos.
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