04 de Julho de 2025
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CIDADES Sábado, 19 de Junho de 2021, 11:48 - A | A

19 de Junho de 2021, 11h:48 - A | A

CIDADES / HORAS APÓS O PARTO

Gêmeos siameses que dividiam coração morrem em Cuiabá

Aline Almeida
Única News



Os gêmeos siameses que dividiam o mesmo coração não resistiram e morreram nesta sexta-feira (18), em Cuiabá. A morte foi confirmada pelo Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh).  Os bebês eram gestados pela manicure Arlete do Nascimento Pinheiro, de 22 anos. A mãe encontra-se em quadro clínico estável e recebendo suporte, tanto clínico quanto psicológico. A história da manicure foi contada pelo Única News. 

Em nota o hospital confirmou que os bebês, provavelmente do sexo masculino, vieram a falecer cerca de 12 horas após o nascimento pelo fato de compartilharem um único coração. "O que, lamentavelmente, impossibilitou a sobrevida apesar de todos os esforços das equipes do HUJM, conduzidas pela obstetra Cláudia Preza e pelos pediatras Sandra Monteiro e George Sampaio Freitas Júnior", destaca.

A unidade de saúde informou que tanto o acompanhamento pré-natal e a assistência ao parto foram realizadas no HUJM, em esforço integrado de academia e assistência, por docentes do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e residentes dessa mesma especialidade do hospital.

Na etapa da assistência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, por sua vez, foi conduzida pela equipe médica e pelos residentes da Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-Intensivos Neonatal (UCISIN) e Unidade de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (UASCA). O primeiro caso de atendimento a gestação gemelar de siameses no HUJM ocorreu em 1997 e em 2010, houve o primeiro nascimento bem-sucedido de duas meninas, que puderam ser separadas com sucesso.


Caso

Quando soube pela primeira vez que os gêmeos eram siameses, Arlete não conhecia sobre o caso. Ela afirma que era uma realização ser mãe novamente. 

"O médico disse que pode chegar o momento em que o coração não suporte os dois corpos. A parte mais dolorida para mim é que eles mexem muito. Minha filha se apegou à barriga. Ela fala: 'mamãe, eles vão nascer? Eles estão demorando demais para sair daí', e eu falo com meu marido: como que vou explicar para ela quando eles saírem e não puderem vir para casa?", disse em entrevista ao Única News.

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