Agência Focagen
Por falta de pagamento de salário, trabalhadores que estão executando a construção da prefeitura de Alto Araguaia-MT iniciaram ontem (terça, 06) uma greve. Os grevistas fecharam a BR-364 em frente ao novo prédio, no centro da cidade, com madeiras pintadas, cones e cavaletes, para tornar pública a reivindicação. Parte dos trabalhadores, responsável pela pintura, deixou a greve no fim do dia após informação de que haveria pagamento pela empresa contratante, a PPO Pavimentação e Obras.
A outra parte, destinada à construção do prédio, mantinha a paralisação dos trabalhos. O movimento também foi engrossado por funcionários demitidos pela empresa que reivindicavam a quitação do FGTS. O fechamento da rodovia prejudicou o tráfego de veículos e criou riscos de acidentes.
(Foto: Lucas Alencar)

De acordo com os trabalhadores, os pagamentos referentes há três meses (de junho a agosto) estão em atraso e com isto vários deles foram despejados e estão sem se alimentar. Alguns buscaram abrigo no próprio prédio da prefeitura. Os valores devem ser pagos pela prefeitura à PPO (vencedora da licitação pública), que em seguida tem a obrigação de fazer o repasse aos funcionários. A construção está orçada em R$ 5,3 milhões, advém de recursos do governo municipal e tem prazo de entrega para outubro.
“Não podemos ficar sem dinheiro, temos famílias para sustentar.“ (Reinaldo José Alecrim, pedreiro, 32 anos)
O empreiteiro subcontratado pela PPO para realizar a pintura do prédio e líder do movimento grevista, Rogério Barbosa da Silva, 33 anos, disse que o protesto foi decidido após tentativa frustrada de contato com a prefeitura e a empresa. “O dono (da empresa) prometeu pagar R$ 3,5 mil aos pintores até o final do dia, mas a greve continua, pois os contratados para fazer a construção estão sem resposta quanto aos seus pagamentos”, completou. Ele informou ainda que as polícias Militar e Federal autorizaram o fechamento da rodovia.
O pedreiro Reinaldo José Alecrim, 32 anos, disse que alguns trabalhadores que vieram de Rondonópolis para emborrachar as rampas de acesso ao segundo andar foram embora quando souberam da falta de pagamento. “A PPO deveria ter feito o repasse faz tempo a quem está trabalhando. Não podemos ficar sem dinheiro, temos famílias para sustentar”.
A prefeitura esclareceu, por meio de sua assessoria de comunicação, que os pagamentos estão em dia com a empresa. A reportagem entrou em contato por telefone com a diretoria da PPO, porém não obteve resposta.
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