Keka Werneck
Única News
Arcebispo de Cuiabá, Dom Milton, comparou neste sábado (3) em programa de rádio o martírio de Jesus, relembrado na Semana Santa, com outras formas de sofrimento, como o luto social de agora, na pandemia de Covid-19, que tem ceifado tantas vidas.
“Jesus enfrentou sofrimentos, crucificado numa cruz, e nós estamos sendo também crucificados, escravos de uma doença”, comentou o líder católico. “Estamos em um mar revolto”.
Em memória aos que morreram, pediu prece e lembrou que o isolamento social não nos separa de quem amamos, familiares, amigos, companheiros de trabalho. Isso seria apenas por um tempo.
Citou cidades que fizeram lockdown, conseguindo baixar a mortalidade, acreditando que o remédio amargo às vezes cura mais rápido.
Sobre a experiência de passar a Semana Santa em casa, lembrou que a igreja nasceu assim, no berço da família, e só depois veio a ideia de tempo, para reunir mais gente. “Então, não fique triste se não foi possível ir à igreja, porque você está dentro da verdadeira igreja, que é a família”.
Ele pediu mais educação às pessoas para seguirem regras de barreira ao vírus, porque senão, em 2022, ainda possamos estar em situação complicada com a pandemia. “Se não dermos passos corajosos hoje”.
Lembrou as freires que vivem enclausuradas e que muitos pensam estarem numa prisão, porém, de acordo com a arcebispo, esta é uma questão de ponto de vista, porque a liberdade é uma construção interna.
“Estamos passando por momento de purificação, porque é uma guerra que estamos enfrentando e muitos irmãos e irmãs estão morrendo e numa guerra precisa muita união”, propõe. Isto para que o renascimento, significado maior da Páscoa, possa ocorrer brevemente.
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