Cuiabá, 26 de Abril de 2024

COVID EM MT Sexta-feira, 05 de Março de 2021, 15:47 - A | A

05 de Março de 2021, 15h:47 - A | A

COVID EM MT / TEME DESEMPREGO E INADIMPLÊNCIA

Federação cita ‘desastre’ e quer toque de recolher às 23h, proposto por Pinheiro

Euziany Teodoro
Única News



A Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso (FACMAT) emitiu nota pública em que defende toque de recolher em Cuiabá das 23h às 5h, como tentou estabelecer o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e não das 19h às 5h, como determina decreto estadual.

Para a Facmat, o horário determinado pelo governador Mauro Mendes (DEM) é “desastroso”, podendo causar “desemprego, atraso e inadimplência fiscal e com fornecedores”.

“Nesse sentido, as restrições adotadas pelo Poder Público, mais uma vez, vão atingir a capacidade de sobrevivência das empresas, a manutenção dos empregos e a geração de renda da maior parte da população. Continuamos na defesa do toque de recolher das 23h às 5h. O tempo reduzido de funcionamento das empresas leva a consequências desastrosas como desemprego, atraso e inadimplência fiscal e com fornecedores.”

Ao invés de penalizar o comércio, a Federação sugere que o poder público aumente a fiscalização e rigor das punições a quem descumprir as normas de prevenção à covid-19.

Também defende que possam ser realizados pequenos eventos controlados, seguindo todas as normas de biossegurança, e que a frota de transporte coletivo não seja limitada, evitando aglomerações.

“Por fim, a Facmat manifesta a certeza de que este período crítico será superado com a colaboração de todos e com a aceleração da vacinação. Alertamos que sem o apoio do Poder Público não será possível a implementação de novas restrições sem garantir a sobrevivência das empresas e dos empregos, e, principalmente, das populações mais carentes, que não dispõem de alternativas para superar as dificuldades.”

Confira a íntegra da nota:

Federação das Associações Comerciais se posiciona sobre medidas restritivas à Covid

A FACMAT - Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso, que congrega 56 Associações Comerciais e Empresariais e mais de 18 mil empresas em todo o estado, manifesta-se sobre as medidas restritivas publicadas por meio dos Decretos 836 e 8.340, pelo Governo de Mato Grosso e Prefeitura de Cuiabá, respectivamente, para conter a disseminação da Covid-19:

1) A vida está sempre em primeiro lugar. Não há contradição entre manter a atividade comercial e proteger a saúde das pessoas. A segurança dos trabalhadores é garantida dentro das empresas, os protocolos de biossegurança são rigorosos e estão sendo seguidos à risca. Reduzir o horário de funcionamento do comércio não é a melhor resposta para enfrentar o agravamento da pandemia.

2) Nesse sentido, as restrições adotadas pelo Poder Público, mais uma vez, vão atingir a capacidade de sobrevivência das empresas, a manutenção dos empregos e a geração de renda da maior parte da população. Continuamos na defesa do toque de recolher das 23h às 5h. O tempo reduzido de funcionamento das empresas leva a consequências desastrosas como desemprego, atraso e inadimplência fiscal e com fornecedores.

3) Somente com ações enérgicas, eficientes e punitivas de fiscalização e penalização teremos efeitos positivos. Não podemos sacrificar quem tem consciência, quem investiu e quem de fato se preocupa, pela ação de alguns poucos que teimam em “viver” como se nada estivesse acontecendo. Somos parceiros na fiscalização e apoiamos medidas duras contra os que teimam em desrespeitar medidas de contenção.

4) Todas as Associações Comerciais e Empresariais em seus municípios de atuação disponibilizaram no início da pandemia e continuam atuando de forma a orientar empresários, trabalhadores e a população com cartilhas, cursos, vídeos, lives, sobre a implantação de todas as medidas segurança necessárias para garantir uma atividade segura.

5) Há que se ter um esforço maior na disponibilidade de meios de locomoção da população, com capacidade e disponibilização de 100% da frota, assim como transporte por aplicativos, empresas de táxi e de delivery.

6) Também é fundamental permitir a realização de eventos controlados, com autorização prévia do poder público para sua realização. Este setor é um dos mais prejudicados desde o início da pandemia e tem adotado todas as medidas de biossegurança exigidas pela legislação.

7) É importante ressaltar que discutimos ações preventivas sobre um possível fechamento do comércio, inclusive com sugestões de horários, em reuniões junto ao Governo do Estado e Prefeitura de Cuiabá.

Por fim, a Facmat manifesta a certeza de que este período crítico será superado com a colaboração de todos e com a aceleração da vacinação. Alertamos que sem o apoio do Poder Público não será possível a implementação de novas restrições sem garantir a sobrevivência das empresas e dos empregos, e, principalmente, das populações mais carentes, que não dispõem de alternativas para superar as dificuldades.

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