Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sexta-feira, 03 de Dezembro de 2021, 15:31 - A | A

03 de Dezembro de 2021, 15h:31 - A | A

JUDICIÁRIO / AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Justiça libera empresária que foi presa após fingir o próprio sequestro

Thays Amorim
Única News



O juiz de Direito, Luís Augusto Veras Gadelha, determinou a soltura da empresária Ruana Sabrina Furtunato de Freitas, 28 anos, acusada de fingir o próprio sequestro para aplicar um golpe. A audiência de custódia ocorreu na tarde desta sexta-feira (03).

A empresária foi presa em flagrante e enquadrada como autora dos crimes de estelionato qualificado e comunicação falsa de crime. A prisão de Ruana ocorreu pela Polícia Judiciária Civil (PJC) na tarde da quinta-feira (02).

Na decisão, o magistrado aponta que não há indícios para a manutenção da prisão e enfatizou que ela é ré primária, sem antecedentes criminais.

"Não há, também, notícia de que ela irá tumultuar a instrução criminal ou se furtar à aplicação da lei penal. Ademais, a pena prevista para os delitos que lhe são imputados, tendo-se em conta sua primariedade, provavelmente será para cumprimento em regime menos gravoso do que fechado", apontou o magistrado.

Apesar de conceder a liberdade provisória, o juiz manteve medidas cautelares. Ruana deve estar em casa a partir das 23h, não pode frequentar "casas de reputação duvidosa", fazer porte de arma de fogo ou usar substâncias ilícitas, não pode manter contato com eventuais testemunhas, se mudar de cidade ou se envolver em outra infração penal.

O juiz determinou a intimação da PJC sobre a decisão em regime de urgência.

O inquérito tramitará na Delegacia vinculado à Quinta Vara Criminal da Comarca de Várzea Grande. O delegado tem o prazo de 30 dias para concluir as investigações.

Após o Ministério Público Estadual (MPMT) receber o inquérito concluído, existe a possibilidade de fazer a denúncia ou solicitar o arquivamento. Se houver denúncia o processo seguirá a tramitação norma, com defesa e acusação, oitiva de testemunhas, provas, alegações finais e sentença.

O caso

A empresária Ruana Fortunato de Freitas foi presa pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na tarde desta quinta-feira (02), pelos crimes de estelionato, falsa comunicação de crime e organização criminosa. Ela foi ouvida na sede da GCCO, após ser localizada conduzindo seu veículo em uma avenida da Capital.

O marido da empresária procurou o plantão da 1a Delegacia de Várzea Grande, na noite de quarta-feira (1º) e registrou um boletim de ocorrência informando que estavam em uma festa, no bairro Nova Várzea Grande, quando sua companheira foi em uma distribuidora de bebidas conduzindo sua caminhonete Hilux e não retornou. Logo depois, ele recebeu imagens em vídeo que supostamente mostravam a mulher encapuzada, sendo mantida em cárcere privado.

Diante da possibilidade de um suposto sequestro, a GCCO passou a apurar a ocorrência e iniciou diligências para esclarecer o crime. No final da manhã, a investigação apontou que a camionete Hillux estava na região do Coxipó. Equipes da unidade foram ao local indicado e encontraram o veículo, sem a placa traseira, e conduzido pela, até então, vítima. Ela foi interceptada quando dirigia a camionete na Avenida Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho).

Em entrevista preliminar com os investigadores, ela entrou em contradição várias vezes. Conduzida à GCCO para prestar depoimento, ela acabou confessando, durante o interrogatório, que forjou o sequestro e o roubo do veículo.

O veículo foi apreendido e a mulher autuada em flagrante por falsa comunicação de crime e estelionato. Após o interrogatório, ela foi levada para a sede da Polinter e depois será encaminhada para audiência de custódia no Fórum da Capital.

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