Thays Amorim
Única News
O advogado Cássio de Almeida Ferreira, que trabalhava no inventário da herança de Mirella Poliane Chuê de Oliveira, afirmou que a madrasta, Jaíra Gonçalves de Arruda Oliveira, tentou impedir a perícia do Instituto Médico Legal (IML) e chegou a solicitar o dinheiro da criança para comprar um imóvel. Jaíra enfrenta Júri Popular, no Fórum de Cuiabá, nesta quinta-feira (09) pela morte da enteada, por envenenamento.
De acordo com advogado, patrocinado pelos avós após a morte da mãe da criança no dia do seu parto, a madrasta solicitou o dinheiro da menina para comprar um imóvel. Entretanto, o advogado afirmou que não poderia utilizar o dinheiro de Mirella, muito menos para comprar um imóvel.
No relato, encaminhado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) à imprensa, Cássio aponta ainda um 'desconforto' da madrasta para liberar o corpo para a perícia. Jaíra ainda questionou o advogado sobre a linha sucessória da herança, caso Mirella morresse.
No dia da morte da criança, em 14 de junho de 2019, Jaíra ligou para o advogado para que ele impedisse a perícia. Entretanto, ele afirmou que isso não era possível e que a análise era o melhor modo de "tirar a limpo a história".
Até a publicação desta reportagem, o julgamento não havia sido concluído.
A acusada foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, praticado por envenenamento e motivo torpe. As investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC) apontaram que ela teria cometido o crime sozinho, sem auxílio de outra pessoa.
O inquérito aponta ainda que o pai da vítima não teve envolvimento direto e que ele teria sido induzido a erro pela mulher. A madrasta conduzia e tinha controle de todas as situações na família – financeira, educação, saúde e demais cuidados com a criança.
O caso
A investigação aponta que a madrasta matou a criança com uso de um veneno com venda proibida, ministrando gota a gota, em pequenas doses durante dois meses, entre abril e junho de 2019.
No dia 14 de junho de 2019, a vítima Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, faleceu de causa até então indeterminada. A vítima deu entrada em um hospital particular, já em óbito. Inicialmente houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, pois havia inchaço na genitália, mas depois foi descartado o abuso durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
O sofrimento durou cerca de dois meses, em que a menina ficou internada por nove vezes em hospitais particulares.
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