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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 12 de Agosto de 2024, 13:15 - A | A

12 de Agosto de 2024, 13h:15 - A | A

JUDICIÁRIO / EXECUÇÃO EM CUIABÁ

Ministério Público pede júri popular para trio que tramou a morte do advogado Roberto Zampieri

Pistoleiro assumiu autoria do crime; já intermediador e financiador negaram qualquer envolvimento no homicídio, ocorrido em dezembro de 2023.

Ari Miranda
Única News



Em pronúncia feita ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) nesta segunda-feira (12), o Ministério Público de Mato Grosso pediu que o pedreiro Antônio Gomes da Silva, o instrutor de tiro Hedilerson Fialho Martins, e o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Caçadini Vargas, sejam levados a júri popular pela morte do advogado Roberto Zampieri (56).

A pronúncia dos três criminosos foi assinada pelos promotores de justiça Samuel Frungilo, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, Vinícius Gahyva Martins e Jorge Paulo Damante Ferreira. Os três foram indiciados pelo crime de homicídio triplamente qualificado, mediante paga e promessa de recompensa, recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de fogo de uso restrito.

Roberto foi brutalmente assassinado com 10 tiros de pistola 9mm, dentro de seu veículo, uma picape Fiat Toro, no momento em que se preparava para ir embora para casa, após o dia de trabalho.

Na pronúncia do trio, os promotores do MP destacaram que ficou claramente comprovado pelas investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP de Cuiabá) que houve sim um conluio entre Antônio, Hedilerson e Etevaldo para a morte do advogado cuiabano, ressaltando que o depoimento de Antônio Gomes, executor do crime, foi crucial para a comprovação do envolvimento dois outros dois comparsas na trama.

“Em síntese, Antonio asseverou que foi abordado por Hedilerson, que lhe propôs a execução da vítima, sendo que ele afirmou que o mandante era uma pessoa de alcunha ‘Coronel’. Nesse ínterim, alegou que não manteve contato com o contratante, visto que seu único contato era com Hedilerson, que transmitia as ordens emanadas pelo ‘Coronel’”, cita o MP na ação.

Antônio foi apontado pelas investigações policiais como o autor dos disparos que mataram Zampieri, em 5 de dezembro de 2023. Ele confessou a autoria do crime.

Hedilerson Fialho negou qualquer tipo de envolvimento com o crime. Porém, ficou comprovado que ele foi o intermediador do assassinato, responsável por contratar o pedreiro e trazer a arma do crime para Cuiabá, uma pistola 9mm, entregue horas antes do crime à Antônio.

Assim como Hedilerson, o coronel Caçadini também negou qualquer envolvimento com a morte de Zampieri. No entanto, através dos depoimentos e provas, ficou comprovado que o oficial do Exército foi a pessoa que financiou o homicídio.

Reprodução

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O CRIME

Roberto Zampieri foi assassinado as 19h51 do dia 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, região nobre da capital.

O jurista se preparava para ir embora para casa, quando foi executado com 10 tiros dentro de sua picape Fiat Toro, pelo pedreiro Antônio Gomes.

O atirador, o instrutor de tiro e o militar da reserva foram presos em Belo Horizonte (MG) e região metropolitana da capital mineira. As prisões foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.

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