Ari Miranda
Única News
O prefeito de Sorriso, Ari Lafin (PSDB), aceitou pagar uma multa de R$ 200 mil para não ser condenado em uma ação que denunciou um esquema de “rachadinha”, envolvendo servidores públicos municipais. Além do gestor, a assessora adjunta Julia Catiele Nólio, o secretário adjunto de Obras e Serviços Públicos, Nelson Campos, e o ex-secretário de Administração, Estevan Calvo Húngaro, terão que devolver R$ 130 mil aos cofres públicos.
O acordo de Não-Persecução Penal (ANPP) foi homologado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e homologado pelo Tribunal de Justiça em março deste ano. Além disso, o grupo também se comprometeu a justificar mensalmente suas atividades e manter seus endereços atualizados.
Segundo o inquérito, uma denúncia anônima revelou que o esquema liderado por Ari Lafin teve início em 2017 e desencadeou, em 2021, a Operação Torrent, da Polícia Civil. Pelo esquema, servidores comissionados eram cobrados a pagar uma espécie de “pedágio político”, entre R$ 100 e R$ 500 todos os meses, devolvendo assim parte de seus salários ao prefeito e seus subordinados.
Durante a deflagração da Operação Torrent, foram apreendidos aparelhos celulares, onde foram encontradas conversas que reforçaram a denúncia, mencionando meses e valores identificados como uma espécie de 'controle' das quantias pagas pelos comissionados na 'rachadinha'. Segundo os indícios, o secretário adjunto de obras, Nelson Campos, seria o “tesoureiro” do bando e a pessoa que cobrava os “devedores”.
No decorrer das investigações, o Ministério Público também identificou ainda que vários servidores comissionados foram exonerados e recontratados pela administração municipal de Sorriso, provando, em tese, o crime de “rachadinha”, bem como o pagamento irregular de gratificações a servidores.
Apesar disso, o MP concedeu direito ao acordo de não-persecução penal, que foi acatado por Ari Lafin e pelos outros três investigados. Além do pagamento de 200 mil, Lafin concordou em comparecer mensalmente à Secretaria do Juízo Penal competente durante dois anos.
Estevan Hungaro e Nelson Campos pagarão R$ 50 mil cada. Já Julia Nólio arcará com um total de R$ 30 mil. Os três também deverão comparecer mensalmente em juízo até 2026.
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