05 de Maio de 2025
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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 09 de Fevereiro de 2022, 09:31 - A | A

09 de Fevereiro de 2022, 09h:31 - A | A

JUDICIÁRIO / CONTINUA PRESA

TJMT não vê ilegalidade em prisão e nega liberdade a Ana Cláudia Flor

Thays Amorim
Única News



A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) não viu irregularidades na prisão de Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor, acusada de ser mandate da execução do seu marido, Toni Silva Flor, e negou por unanimidade o seu pedido de liberdade. O acórdão foi publicado no Diário Oficial na última terça-feira (08).

A defesa da ré tentou evidenciar no recurso suposto constrangimento ilegal na prisão e excesso de prazo nas diligências do Judiciário. Contudo, o relator do caso, desembargador Gilberto Giraldelli, negou a tese.

O magistrado apontou ainda que a denúncia contra Ana Cláudia já foi recebida pelo TJMT, com data prevista para as audiências de instrução.

“Além do mais, há de se ressaltar que a paciente já foi denunciada, a exordial acusatória devidamente recebida em 1ª instância e já houve designação de data para realização das audiências instrutórias, a tornar sepultado o argumento de que está sofrendo coação ilegal por excesso de prazo. 2. Constrangimento ilegal não evidenciado. Ordem denegada”, diz trecho da decisão.

Ana Cláudia e outras testemunhas do crime serão ouvidas nos dias 21, 22, 23, 24 e 25 de fevereiro pela 12ª Vara Criminal. Além da ré, também são acusados do crime Igor Espinosa, Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.

A mandante do crime já ajuizou diversos recursos para responder o crime em liberdade, todos negados. A decisão ainda cabe recurso em instâncias superiores.

O caso

Consta na denúncia do Ministério Público Estadual (MPMT) que no dia 1º de agosto de 2020, por volta das 7h, em frente a uma academia, Toni Flor foi morto por disparos de arma de fogo efetuados por Igor Espinosa, a mando de Ana Claudia de Souza Oliveira Flor. Para a concretização do crime, a esposa teria sido auxiliada por Wellington Honório Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.

Os outros acusados, com exceção de Ediane, também estão presos preventivamente. Em depoimento à PJC, Igor confessou o crime e revelou o envolvimento da ex-esposa do empresário.

Inicialmente, a recompensa pelo crime tinha sido de R$ 60 mil reais. Entretanto, Ana Claudia cumpriu parte do acordo e pagou R$ 20 mil a Igor, que teria gasto o dinheiro em festas no Rio de Janeiro.

A ex-esposa de Toni Flor incumbiu a Wellington e Maque a logística necessária para a execução do empresário.

O motivo do crime seria uma iminente separação, com objetivo de apropriação dos bens do casal, segundo o MP.

“Ana Claudia começou a engendrar um plano para extinguir a vida de Toni e, para tanto, pediu auxílio à sua manicure e amiga Ediane Aparecida da Cruz Silva na procura por um “matador”, oportunidade em que esta acedeu à macabra solicitação e contactou Wellington Honório Albino que, por sua vez, com o auxílio de seu amigo Dieliton Mota da Silva, “terceirizou” o serviço homicida, propondo que a execução do crime fosse perpetrada por Igor Espinosa, que aceitou a tarefa”, diz trecho da denúncia.

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