Aline Almeida
Única News
Áudios que circulam pelas redes sociais mostram o desespero de Regivaldo Batista Cardoso, marido de Clecy Calvi Cardoso, 46 anos, e pai das meninas Miliani Calvi Cardoso, 19 anos; Manuela Calvi Cardoso, 13; Melissa Calvi Cardoso, 10 anos. Ele mandou mensagens para amigos após não conseguir contato com a mulher e filhas desde a noite de sexta-feira (24). O caminhoneiro estava em viagem de trabalho no Paraná, quando o crime aconteceu em Sorriso.
“Ô bicho, deixa eu perguntar pro cê. Cê tem algum amigo ali em Sorriso que faz uns corres pra gente lá? Rapaz, eu estou desde sexta-feira de noite sem contato com minha família lá, com a minha mulher, com minhas filhas, cara, tudo desligado os telefones”, disse.
Pela conversa, dá para entender que o áudio foi enviado no domingo, 26. “Eu já estou ficando preocupado aqui, cara. Eu mando mensagem, não me responde, eu ligo no WhatsApp, não atende, eu ligo no telefone normal, vai direto pra caixa de mensagem. Eu achei que você estava em Sorriso. Eu ia pedir pra você dar uma olhada lá pra mim, passar lá em frente de casa, olhar por baixo lá do portão, ver se o carro tá em casa, ver se tem algum movimento de gente lá”, continuou.
“Desde sexta-feira, o último contato com elas foi na sexta-feira à noite, no sábado de manhã, ontem de manhã [domingo], mandei mensagem, não me responderam e nada, e nada. Elas sempre respondem, cara”, completou
Os corpos das quatro mulheres foram encontrados pelas forças de segurança do município na manhã desta segunda-feira (27), mortas com requintes de crueldade, a golpes de faca e degoladas. Conforme a polícia, três vítimas foram encontradas nuas e com sinais de abuso sexual.
Um pedreiro, Gilberto Rodrigues do Anjos (32), que trabalhava em uma obra ao lado da casa da família, foi preso e confessou a autoria do crime, afirmando ainda que a chacina foi cometida por ele na última sexta-feira (24). Contudo, o homem não revelou a motivação da barbárie. O momento da prisão foi registrado pela imprensa local e divulgado nas redes sociais.
As vítimas foram atacadas por Gilberto enquanto dormiam, na noite de sexta (24), para a madrugada de sábado (25). Segundo o pedreiro, a mãe e as filhas de 19 e 13 anos foram estupradas por ele enquanto ainda agonizavam, após serem esfaqueadas e degoladas. A única vítima que não foi estuprada ou degolada foi Melissa, de 10 anos, que foi morta por asfixia.
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