23 de Junho de 2025
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POLÍTICA Segunda-feira, 23 de Junho de 2025, 06:55 - A | A

23 de Junho de 2025, 06h:55 - A | A

POLÍTICA / CPMI INSTALADA

Deputada de Mato Grosso propõe restituição em dobro para vítimas de fraudes do INSS

A CPMI, com 15 deputados e 15 senadores, terá até 180 dias para investigar o esquema, que já é alvo da Operação "Sem Desconto" da Polícia Federal.

Única News
Da Redação



Uma nova proposta legislativa visa garantir que aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos em seus benefícios do INSS recebam os valores de volta em dobro.

A iniciativa é da deputada Gisela Simona (União Brasil-MT), que apresentou o Projeto de Lei N.º 2.239 de 2025. Essa discussão ganha força com a recente instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso para investigar o esquema.

Gisela defende que o projeto não apenas assegure a restituição em dobro dos valores indevidamente subtraídos, mas também estabeleça novas e rigorosas regras para a autorização de empréstimos e consignações vinculados aos benefícios previdenciários.

"A CPMI é uma oportunidade para que possamos apurar tudo que aconteceu, e buscar punições rigorosas a quem meteu a mão nas aposentadorias, pensões e benefícios dos mais humildes. Além da possibilidade real de realizar a compensação necessária a quem foi lesado, como defendo no PL 2.239, de minha autoria", afirmou a parlamentar.

O texto da proposta de Gisela Simona exige que o "consentimento livre, informado e rastreável" do beneficiário seja garantido antes de qualquer desconto, além de assegurar o direito de escolha da forma de pagamento.

Agência Senado

GISELA SIMONA

Deputada federal, Gisela Simona

A deputada ainda propõe que o fornecimento de crédito sem autorização seja tratado como "amostra grátis", baseando-se no Código de Defesa do Consumidor, com "penalidades severas para instituições que violarem os direitos destes segurados".

CPMI do INSS

A instalação da CPMI, ocorrida na última terça-feira (17),  será composta por 15 deputados e 15 senadores, e terá até 180 dias para investigar o escândalo.

A investigação do Congresso ocorre após a Polícia Federal (PF) deflagrar, em 23 de abril, a Operação "Sem Desconto".

A PF investiga um esquema de descontos irregulares de mensalidades associativas em aposentadorias e pensões, que já levou a mandados de busca e prisão em diversos estados.

A Controladoria-Geral da União (CGU) já havia apontado que 70% das entidades analisadas não tinham documentação completa e que a maioria dos aposentados ouvidos não autorizou os descontos. Seis pessoas foram afastadas de suas funções durante a operação, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

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