02 de Julho de 2025
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POLÍCIA Segunda-feira, 26 de Abril de 2021, 16:23 - A | A

26 de Abril de 2021, 16h:23 - A | A

POLÍCIA / ASSOCIAÇÃO EMITIU NOTA DE APOIO

‘Eu não cometi qualquer crime funcional’, diz defensor preso por ‘festinha’

Edy Santiago e Aline Almeida
Única News



Depois de ter seu nome vinculado a uma festa com aglomeração, consumo de drogas e até arma, a Associação dos Mato-grossense das Defensoras e Defensores Públicos (AMDEP) emitiu uma nota em apoio ao membro da instituição Leandro Jesus Pizarro Torrano, de Sinop (a 500km de Cuiabá).

Para a entidade, os policiais que atenderam a ocorrência de perturbação foram truculentos, tendo invadido a residência do servidor público e ainda vasculhando a casa dele sem ter autorização ou correlação com a denúncia recebida.

O caso aconteceu na madrugada desse domingo (25), quando Leandro promoveu uma festa em sua casa. Ele foi denunciado e na casa os policiais encontraram uma arma que estava ilegal e drogas com uma das pessoas. O defensor público foi detido para prestar esclarecimentos à polícia.

Diante dessa situação, a Associação saiu em defesa de Leandro. Pontuou que Torrano foi encaminhado até a delegacia para relatar os fatos, sendo liberado em seguida. Ainda observou que a arma encontrada na casa do defensor é dele e que ele possui registro e porte. Também alegou que a droga encontrada dentro da bolsa de uma jovem que estava na casa não tinha qualquer ligação com os demais participantes da festa.

Ainda teceu elogios ao defensor, dizendo que ele faz um exímio trabalho, de modo combativo, dedicado e contínuo. "Dono de ótima produtividade e irretocável conduta, com acúmulo de funções em favor dos vulneráveis, mesmo sem gratificação, em vários contextos sociais, notadamente neste período de pandemia".

Para a reportagem do Única News, Leandro disse que, de fato, promoveu uma festa na sua casa e que era para amigos, com violão e cajon. Esses amigos chamaram outras pessoas e totalizou 33 participantes.

Contudo, sem autorização, a "polícia vistoriou minha casa inteira. Virou minha casa para o ar, não foi encontrado drogas. Eu não tenho qualquer tipo de vínculo com drogas. Acontece que uma das meninas que foi chamada por essas outras pessoas foi encontrada dentro da bolsa pessoal, feminina, uma quantidade de maconha, que era dela", esclareceu.

Ele ainda comentou que "quando eu fui colocado na frente do delegado, fui enquadrado unicamente por perturbação ao sossego, que é uma contravenção penal", o que demonstra que ele não tinha ligação alguma com o fato de uma das garotas estar com drogas em sua bolsa.

Quanto a arma encontrada em sua casa, ele disse que, de fato tem, e que ela é registrada. Contudo, observou que ela está com o registro vencido, mas que isso pode ser regularizado a qualquer momento e que essa irregularidade administrativa não é considerada crime.

"Eu não cometi qualquer crime funcional, então não há porque vincular a defensoria pública. O Leandro, meu cargo defensor público, em relação a matéria, certo. Houve sim um erro, acabei fazendo uma festa aqui em casa. Aglomerei pessoas, mas não havia drogas, a minha arma havia uma irregularidade administrativa. Eu fui apenas por perturbação ao sossego e a menina que foi encontrada com droga, dentro da sua bolsa pessoal, essa foi enquadrada como usuária. Ela exclusivamente, como usuária. Não havia droga nenhuma. A minha casa foi extremamente revirada.", desabafou o defensor público.

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