Cuiabá, 19 de Maio de 2024

POLÍCIA Terça-feira, 18 de Abril de 2017, 14:14 - A | A

18 de Abril de 2017, 14h:14 - A | A

POLÍCIA / DESAFIO DA BALEIA AZUL

Jovem de Mato Grosso pede ajuda da polícia para sair de jogo online

Por Suelen Alencar/ Única News



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O perigo do jogo online "desafio da baleia Azul" ou "Blue Whale" chegou ao Brasil e tem assustado os pais e avós de adoslecentes. Aqui no estado de Mato Grosso, a morte da adolescente de 16 anos Maria de Fátima, na cidade de Vila Rica fez a polícia civil abrir investigação sobre o caso. 

 

O site Única News falou com o tenente coronel do 10º Batalhão da Polícia Militar de Vila Rica, Joel Outo que confirmou a participação de outros jovens no grupo  “Alícia Curadora”, com origem no Estado de Minas Gerais. Além da estudante de Vila Rica, que a mãe e professora da escola conseguiram ajudar na última segunda-feira (17), outra adolescente pediu ajuda à polícia para sair do jogo.. 

 

"Estou em contato com outra jovem pelo whatssap, nós conseguimos localizar essa jovem que está nos pedindo ajuda para sair. Ela disse que está sendo ameçada caso não conclua a missão. Estamos dando os suporte psicológico para que ela não faça nada de mal pra si. Estamos dando o apoio para mostrar que o 'curador'' não tem como fazer mal para ela'', afirmou o tenente. 

 

 Segundo o tenente , a jovem é da cidade de Santa Terezinha a cerca de 100km de Vila Rica e alerta que os meios usados pelos chamados "curadores" é psicológicos baseado na autoridade e no medo.

 

"O que se percebe é que no facebook muitas meninas estão participando. Por isso o ciclo de palestra é importante para evitar novas tragédia. Pode ser uma medida drástica, mas a saiada agora é dificultar o acesso desses jovens a um tempo integral na internet.  Eles usam de meios psicológicos com esses adolescentes", aponta o tenente.

 

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Tragédia de Vila Rica

 

Em Vila Rica, inteiror de Mato Grosso, uma mãe que estava com a filha desaperecida encontrou dias depois o corpo da jovem de 16 anos  na lagoa central da cidade. Segundo o boletim de ocorrência, Maria de Fatima tinha começado a fazer cortes nos braços há dois meses atrás  e deixou duas cartas, nas quais explicava os processos de um jogo na internet, denomidado "Baleia Azul".  Consta ainda que outras pessoas também tenha jogado o desafio. 

 

As primeiras informações dada pela mãe era de que sua filha sumiu de sua residência por volta das três horas da manhã e que não levou celular e nem documentos pessoais. 

 

No último dia 11 de abril, o corpo de Maria de Fátima foi encontrado em uma lagoa na região central de Vila Rica.  O caso que é agora investigado pela Polícia Civil daquele município busca indicios no celular e nas cartas que tenha referncia com o jogo russo. O delegado Andre Rigonato que iniciou as investigações deve  passar agora o  inquérito para o delegado titular da delegacia , Gutemberg Lucena que deve assumir o caso a partir dessa quarta-feira (19).

 

Por telefone, o delegado Gutemberg Lucena informou a reportagem que a partir de amanhã deve se assumir as investigações no caso de Maria de Fátima. 

 

 

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Uma análise profissional sobre o tema 

 

Muitas informações sobre esse caso foram divulgadas na internet e compartilhada no Facebook, o que num processo inverso pode servir para propagar o uso e estimular a participação de jovens ao desafio. O site Única News conversou com a psicóloga Cláudia F. Pezzini que esclareceu de forma prática o que o jogo representa os jovens e adolescentes e pontou que não se tratar de 'endemonizar' um culpado.

 

 

"A primeira coisa importante a se lembrar é que não se trata de 'demonizar’ a tecnologia e nem apontar a responsabilidade para os pais. E sempre bom lembrar que é um reflexo da nossa sociedade com vários responsáveis. Não se trata de culpar pais ou adolescentes mas compreender um fenômeno de falta de tempo, falta de autoridade e principalmente falta de referenciais que esses jovens possam se identificar e confiar", disse Claudia. 

 

Sobre essa necessidade de aceitação dos jovens Pezzini diz que é um 'sistema social' que cada tempo da sociedade passa por isso. Segundo ela, "hoje há uma confusão entra a infância e adolescência, o problema não é a tecnologia e sim o uso que se faz dela. Não dá para procurar um culpado, o que dá para fazer é pontuar o uso indiscriminado, sem limite dessas crianças e adolescentes”, pontou.

 

Uma das questões levantadas pela psicóloga é que esses desafios e jogo online acaba assumindo o papel de referência."Alguns jovens precisam se sentir aceitos e acabam procurando os seus ídolos, a autoridade que lhe faltam. Não quer dizer que seja culpa dos pais, mas que eles querem pertencer a um grupo de alguma forma. A pergunta é 'quem está sendo autoridade para aquele adolescente?'. Muitas vezes isso vem desses jogos, e todos estão vulneráveis, não quer dizer também que todos os jovens estão depressivos. É preciso fazer com cuidado esses apontamentos", avaliou.

 

 

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