23 de Maio de 2025
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POLÍCIA Sexta-feira, 23 de Maio de 2025, 07:24 - A | A

23 de Maio de 2025, 07h:24 - A | A

POLÍCIA / PORNOGRAFIA INFANTIL

Delegado culpa os pais de menor alvo de operação; "Criança não têm direito à intimidade"

O delegado Guilherme Berto Fachinelli fez um alerta aos pais, orientando que monitorem o acesso dos filhos menores de idade na internet

Christinny dos Santos
Única News



Um menor de idade foi apreendido durante fase da Operação Infância Segura, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, nesta quinta-feira (22). Ele mantinha em seus dispositivos eletrônicos conteúdo de abuso sexual infantil e é suspeito de integrar uma rede de produção e armazenamento de pornografia infantil. Titular da DRCI, o delegado Guilherme Berto Fachinelli fez um alerta aos pais, orientando que monitorem o acesso dos filhos menores de idade na internet.

“Criança e adolescente não têm direito à intimidade. Quer ter privacidade, intimidade, tem que pagar a sua internet, tem que ser dono do nariz. Enquanto não paga a sua internet, não é dono do nariz. É pai e mãe que fala qual é o nível de privacidade”, ponderou o delegado.

Fachinelli relatou que, quando a equipe chegou na casa do menor para cumprir o mandado, os pais do infrator ficaram “extremamente assustados” e, notando o que estava acontecendo, o próprio adolescente explicou que os policiais estavam ali por causa dele. Diante disso, o delegado destaca a necessidade de vigilância sobre aquilo que os filhos acessam na internet.

“Extremamente assustados. Então, o adolescente, inclusive, na hora que ele percebeu a situação, ele falou, ‘não, eles vieram atrás de mim’. Os pais se assustam mesmo, mas assim, se tivesse uma vigilância constante em relação a isso, sobre o que o filho está acessando, sobre o que o filho está tendo acesso na internet, limitando o conteúdo, ou seja, não deixando esse adolescente ter privacidade, talvez não teria tomado esse susto”, afirmou o delegado.

O delegado alertou ainda que os primeiros nomes a “aparecer” nas investigações geralmente são os dos pais, pois é a quem os registros de internet, e-mail e muitas vezes até o celular, estão ligados. Isto, segundo ele, demonstra a importância de estar atento ao que os filhos fazem nas redes.

“Se você não monitora isso bem, igual o caso do adolescente, o pai vai ser surpreendido com a visita policial [por causa] do comportamento do seu filho, que foi esse caso da apreensão do adolescente, onde tudo, celular, e-mail, Wi-Fi, tudo cadastrado [no nome dos pais]. Ou seja, se o pai não mantém uma vigilância constante, provavelmente, se o filho pode estar tendo alguma ação não legal, isso pode ser alvo de investigação. Você não vai ser responsabilizado, mas a busca e a apreensão sai sobre isso até a gente identificar esse adolescente”, explicou o delegado, alertando os adultos responsáveis.

A operação

São cumpridos em Mato Grosso,11 mandados de busca e apreensão domiciliar, nas cidades de Cuiabá, Poconé, Lucas do Rio Verde, Barra dos Garças e Primavera do Leste, no âmbito da Operação Infância Segura.

Os levantamentos indicaram o uso de redes de compartilhamento por parte dos alvos para disseminação de arquivos com conteúdo de abuso sexual infantil. Os investigados utilizavam a mesma ferramenta para baixar fotos e vídeos contendo cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes. 

Um dos alvos da operação já possui histórico de produção e armazenamento de imagens com conteúdo de pornografia infantil, inclusive tendo sido preso anteriormente pelo mesmo crime.

Com a operação, a Polícia Civil busca a apreensão de mídias eletrônicas, HD´s, celulares e notebooks, com objetivo de angariar novas provas e investigar a possível existência de uma rede instalada em Mato Grosso envolvida com a criação e divulgação desse tipo de conteúdo. 

“No primeiro momento, foi identificado que alvos baixavam e mantinham armazenados arquivos de conteúdo de pornografia infantil. As investigações seguem para identificar se existem outros vínculos entre os investigados e também outras pessoas, assim como uma possível rede ligada à prática deste crime”, explicou o delegado responsável pelas investigações Guilherme Fachinelli. 

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