Christinny dos Santos
Única News
Um menor de idade foi apreendido durante fase da Operação Infância Segura, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, nesta quinta-feira (22). Ele mantinha em seus dispositivos eletrônicos conteúdo de abuso sexual infantil e é suspeito de integrar uma rede de produção e armazenamento de pornografia infantil. Titular da DRCI, o delegado Guilherme Berto Fachinelli fez um alerta aos pais, orientando que monitorem o acesso dos filhos menores de idade na internet.
“Criança e adolescente não têm direito à intimidade. Quer ter privacidade, intimidade, tem que pagar a sua internet, tem que ser dono do nariz. Enquanto não paga a sua internet, não é dono do nariz. É pai e mãe que fala qual é o nível de privacidade”, ponderou o delegado.
Fachinelli relatou que, quando a equipe chegou na casa do menor para cumprir o mandado, os pais do infrator ficaram “extremamente assustados” e, notando o que estava acontecendo, o próprio adolescente explicou que os policiais estavam ali por causa dele. Diante disso, o delegado destaca a necessidade de vigilância sobre aquilo que os filhos acessam na internet.
“Extremamente assustados. Então, o adolescente, inclusive, na hora que ele percebeu a situação, ele falou, ‘não, eles vieram atrás de mim’. Os pais se assustam mesmo, mas assim, se tivesse uma vigilância constante em relação a isso, sobre o que o filho está acessando, sobre o que o filho está tendo acesso na internet, limitando o conteúdo, ou seja, não deixando esse adolescente ter privacidade, talvez não teria tomado esse susto”, afirmou o delegado.
O delegado alertou ainda que os primeiros nomes a “aparecer” nas investigações geralmente são os dos pais, pois é a quem os registros de internet, e-mail e muitas vezes até o celular, estão ligados. Isto, segundo ele, demonstra a importância de estar atento ao que os filhos fazem nas redes.
“Se você não monitora isso bem, igual o caso do adolescente, o pai vai ser surpreendido com a visita policial [por causa] do comportamento do seu filho, que foi esse caso da apreensão do adolescente, onde tudo, celular, e-mail, Wi-Fi, tudo cadastrado [no nome dos pais]. Ou seja, se o pai não mantém uma vigilância constante, provavelmente, se o filho pode estar tendo alguma ação não legal, isso pode ser alvo de investigação. Você não vai ser responsabilizado, mas a busca e a apreensão sai sobre isso até a gente identificar esse adolescente”, explicou o delegado, alertando os adultos responsáveis.
A operação
São cumpridos em Mato Grosso,11 mandados de busca e apreensão domiciliar, nas cidades de Cuiabá, Poconé, Lucas do Rio Verde, Barra dos Garças e Primavera do Leste, no âmbito da Operação Infância Segura.
Os levantamentos indicaram o uso de redes de compartilhamento por parte dos alvos para disseminação de arquivos com conteúdo de abuso sexual infantil. Os investigados utilizavam a mesma ferramenta para baixar fotos e vídeos contendo cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes.
Um dos alvos da operação já possui histórico de produção e armazenamento de imagens com conteúdo de pornografia infantil, inclusive tendo sido preso anteriormente pelo mesmo crime.
Com a operação, a Polícia Civil busca a apreensão de mídias eletrônicas, HD´s, celulares e notebooks, com objetivo de angariar novas provas e investigar a possível existência de uma rede instalada em Mato Grosso envolvida com a criação e divulgação desse tipo de conteúdo.
“No primeiro momento, foi identificado que alvos baixavam e mantinham armazenados arquivos de conteúdo de pornografia infantil. As investigações seguem para identificar se existem outros vínculos entre os investigados e também outras pessoas, assim como uma possível rede ligada à prática deste crime”, explicou o delegado responsável pelas investigações Guilherme Fachinelli.
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