Karine Campos
Única News
O subtenente da Polícia Militar, Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, teria assassinado Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, após a ex-namorada da vítima, para quem o policial estava pagando cervejas em um bar, cumprimentar Claudemir na sua frente.
Conforme investigação da Polícia Civil, a ex-namorada da vítima estava com o subtenente e mais algumas mulheres no bar, desde o período da tarde. Elias estaria “bancando” as garotas, pagando cervejas.
Durante uma conversa com o suspeito, a mulher teria contado ao militar que Claudemir seria seu ex-namorado. Sem gostar da situação e se sentindo incomodado, o autor do crime apontou para a vítima e afirmou que ele seria membro de uma facção criminosa, a mulher teria negado que o ex pertencesse a alguma facção, mas o suspeito teria discutido com ela insistindo na afirmação.
Em determinado momento, a garota saiu da mesa e, quando retornou, cumprimentou o ex-namorado, ação que teria causado revolta no policial. Para não dar continuidade à conversa do suspeito, a mulher teria ido embora do bar e não presenciou a execução.
Uma funcionária do bar relatou que o militar estava "com raiva" da vítima há algumas horas, justamente porque ele estava pagando cervejas para várias mulheres, que depois de um tempo saíram da mesa dele e foram se sentar com Claudemir e o irmão dele.
O suspeito ainda teria reclamado da ação com funcionários do bar, dizendo que ele teria pagado bebidas a elas e, agora, elas “estavam sentadas com faccionados”. A funcionária do bar disse, ainda, que o suspeito teria falado em “matar todo mundo”.
Após escutar as testemunhas, a polícia realizou o interrogatório com o suspeito e o questionou sobre a motivação do crime. O subtenente não afirmou ter matado por raiva, ao contrário disso, ele criou uma história fantasiosa.
Em seu depoimento, o militar disse que, ao sair do banheiro, teria sido abordado por alguém dizendo que o “disciplina” de uma facção criminosa queria falar com ele e que essa “disciplina” seria Claudemir.
O policial afirmou que o motivo seria que ele estaria oprimindo “irmãos da facção” no colégio militar em que o suspeito é diretor. Ele disse, ainda, que teria ocorrido uma discussão e Claudemir teria se levantado e feito menção a sacar uma arma, o obrigando a reagir.
Porém, segundo o delegado de Juína, Ronaldo Binoti Filho, responsável pela investigação, a versão é completamente fantasiosa, como mostram as imagens de videomonitoramento e os depoimentos das testemunhas.
“Ele atirou à queima-roupa contra um rapaz completamente inocente, que estava mexendo no celular quando fora atingido, simplesmente pelo fato de não ser correspondido pelas mulheres com quem esteve durante o dia. As imagens são completamente repugnantes e não condizem com o comportamento esperando por integrantes das forças de segurança”, afirmou o delegado.
Diante disso, o suspeito foi preso e posteriormente colocado a disposição da justiça.
Toda a ação da execução foi registrada por uma câmera de monitoramento do bar e ajudou os agentes a solucionarem o caso e identificar o autor do crime.
Veja o vídeo
Sobre o crime
Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, foi assassinado no domingo (23).
A polícia foi acionada às 23h17 para atender uma ocorrência de homicídio em um bar. A informação era de que um homem havia executado o outro a tiros no estabelecimento e, em seguida, fugido em uma motocicleta.
No local, os agentes encontraram Claudemir ensanguentado, caído na calçada, sendo socorrido por algumas pessoas que estavam no bar.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte da vítima ainda no local.
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