03 de Dezembro de 2024
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POLÍCIA Sábado, 02 de Novembro de 2024, 14:15 - A | A

02 de Novembro de 2024, 14h:15 - A | A

POLÍCIA / COM DIREITO A AUTÓGRAFO

Motorista de ônibus morto em restaurante de Cuiabá assaltou Alexandre Pires em MG

Cantor foi vítima de assalto com direito a "pedido inusitado" no ano de 2008 em seu estúdio musical, na cidade de Uberlândia (MG).

Ari Miranda
Única News



Após a identificação de Ilton Cézar de Jesus (47) como o verdadeiro nome do motorista de ônibus assassinado a tiros dentro de um restaurante no bairro do Porto, em Cuiabá, o delegado de Polícia Civil, Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, revelou que a vítima, inicialmente identificado pelo nome de “Ireno Pedroso” (38), tentava “mudar de vida” com uma identidade falsa, para apagar ligações com seu passado criminoso.

O assassinato aconteceu na última quarta-feira (30/10), na avenida 8 de Abril. O atirador  chegou ao local em uma motocicleta, desembarcou rapidamente de arma em punho e efetuou os disparos contra Ilton, que almoçava no local e morreu na hora.

Conforme revelado pelo delegado ao Única News, em uma de suas ações criminosas, Ilton Cézar teve como vítima o cantor Alexandre Pires, que foi assaltado por ele na noite de 7 abril de 2008 em um estúdio musical de Uberlândia (MG), cidade onde o artista iniciou a carreira como vocalista do grupo “Só Pra Contrariar”.

Armados e com os rostos encapuzados, Ilton, conhecido pelo apelido de "Ratinho” e seu comparsa, um fugitivo da Penitenciária da “Mata Grande” em Rondonópolis (218 Km de Cuiabá), invadiram o estúdio de propriedade do artista e anunciaram o assalto.

Porém, ao reconhecerem que uma de suas vítimas era o famoso, os dois ladrões interromperam a ação. "Nossa! É o Alexandre Pires!", disseram Ilton e seu comparsa ao reconhecerem o cantor, conforme relato de Ana Carolina Pires, filha do artista, à época com 15 anos de idade.

Inusitadamente, os dois ladrões pediram autógrafos ao sambista, que disse a eles que não tinha uma caneta naquele momento. Foi aí que um dos bandidos correu até o carro utilizado no crime e pegou uma caneta, para conseguir as assinaturas.

Após “tietarem” o artista mineiro, Ilton Cézar e o comparsa fugiram, levando os autógrafos e R$ 600 em espécie, entregues pelo próprio cantor.

A dupla foi presa dois dias depois, no bairro Talismã, em Uberlândia, em uma ação conjunta entre as Polícias Civil de Mato Grosso e de Minas Gerais.

Com eles, foram encontrados documentos falsos, duas pistolas calibres 9mm, um revólver .38, munições, um VW Gol prata, uma moto Suzuki 500, além dos autógrafos de Alexandre Pires.

(Foto: Montagem/Única News)

IRENO PEDROSO - BAIRRO DO PORTO ASSASSINATO.jpg

Ilton Cézar foi executado a tiros dentro de um restaurante no bairro do Porto, em Cuiabá.

FUGA DE FÓRUM EM VÁRZEA GRANDE

Quase cinco meses antes do assalto ao artista, em 26 de novembro de 2007, Ilton e outros dois comparsas, de 21 e 29 anos, fugiram durante uma audiência no Fórum de Várzea Grande, ocasião em que ele foragiu de MT e foi morar na cidade mineira, onde ele retomou sua vida de crimes.

Ele havia sido preso em julho daquele ano, no âmbito da operação “Pega Leve”, da Polícia Civil, que investigou uma quadrilha especializada no roubo e furto de veículos, adulteração de documentos e receptação.

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