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POLÍCIA Domingo, 24 de Dezembro de 2023, 08:35 - A | A

24 de Dezembro de 2023, 08h:35 - A | A

POLÍCIA / NÃO ERA PROFISSIONAL

Pistoleiro que matou advogado em Cuiabá vigiou a vítima por 30 dias

Aline Almeida
Única News



Reprodução

ASSASSINO ZAMPIERI.jpg

Suspeito do crime (no detalhe) foi preso na cidade de Santa Luzia (MG), região metropolitana de Belo Horizonte

Antônio Gomes da Silv, apontado como executor do advogado Robero Zampieri no Bosque da Saúde em Cuiabá no dia 05 de dezembro, estava vigiando a vítima há um mês. A informação foi divulgada pelos delegados Edson Pick e Marcel de Oliveira, durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde deste sábado (23).

O atirador foi preso em Belo Horizonte (MG). Além de ter vigiado a vítima por cerca de um mês, o suspeito ainda foi até o escritório de Zampieri um dia antes de matá-lo. Outro fato que chama a atenção é que no dia do crime, a empresária e mandante do crime, Maria Angélica Caixeta, o pistoleiro e executor do crime, Antônio Gomes da Silva e o instrutor de tiro Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como o intermediário que contratou o atirador estavam em Cuiabá.

“A gente recebeu o vídeo da vigilância do escritório. Foi possível ver a face deles e conseguimos identificá-los. Chegamos no hotel em que eles ficaram hospedados e seguimos os passos que eles fizeram. O atirador fez a vigilância do advogado por aproximadamente 30 dias. O intermediário chegou no dia do homicídio e foi embora no outro dia”, afirmou o delegado Edson Pick.

Antônio, segundo investigações, não era pistoleiro profissional. Ele seria pedreiro e fez curso de instrução de tiro com Hedilerson. No entanto, não havia conseguido o certificado de atirador.

AS PRISÕES

A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada nas investigações da DHPP como mandante do homicídio do jurista Roberto Zampieri, foi presa na manhã da última quarta-feira (20), na cidade de Patos de Minas, sudeste mineiro, por uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da delegacia do município.

A suspeita foi presa no pátio de um posto de combustíveis, portando consoigo uma pistola 9mm – o mesmo calibre usado na morte do advogado em Cuiabá. Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou sua participação no crime, afirmando não ter encomendado a morte de Roberto.

O executor do crime, Antônio Gomes da Silva, também foi preso também na quarta-feira, na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. A prisão contou com apoio do Departamento Estadual de Homicídios, da Polícia Civil de MG. Após sua prisão, o executor do crime foi encaminhado à capital mineira, onde foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá.

Apesar das várias mentiras e versões, Antônio Gomes confessou o crime.

Já na sexta-feira (22), também com apoio da DHPP da Polícia Civil de Minas, o terceiro envolvido na morte de Zampieri foi preso: o instrutor de tiro e veterano do Exército Brasileiro, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado como o intermediador do crime, responsável por contratar o atirador, a pedido de Maria Angélica.

As investigações da DHPP de Cuiabá apontaram que, após contratar o pistoleiro pelo valor de R$ 40 mil, Hedilerson despachou para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, data do crime, uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome.

O encontro entre intermediador e o assassino para entrega da arma ocorreu em um hotel da capital de MT, onde os dois ficaram hospedados naquele dia.

O CRIME

Roberto Zampieri foi assassinado por volta das 19h50 do dia 5 de dezembro, em frente ao escritório do qual era sócio, no bairro Bosque da Saúde. O jurista foi executado com 10 tiros de pistola dentro de sua picape, uma Fiat Toro de cor branca, no momento em que se preparava para ir embora, após o dia de trabalho.

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