Christinny dos Santos
Única News
O subtenente da Polícia Militar, Elias Ribeiro da Silva, que matou o jovem Claudemir Sá Ribeiro, 26 anos, em um bar no município de Colniza, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. O inquérito policial foi concluído na segunda-feira (31), relatado pelo delegado Lucas Pereira Santos e remetido para apreciação do Poder Judiciário.
As investigações da Polícia Civil concluíram que Elias agiu com motivo fútil e também de maneira a impossibilitar a defesa da vítima, conforme previsto nos incisos II e IV do § 2º do artigo 121 do Código Penal.
Testemunhas afirmaram que Elias disse, em tom usual, que "já havia 60 dias que não matava ninguém, então, estava com vontade de matar novamente", conforme noticiado pelo jornal A Gazeta, nesta quarta-feira (02).
O crime aconteceu em 23 de março. Elias estava pagando cerveja para mulheres em um bar, quando uma delas revelou que Claudemir era seu ex-namorado. Em dado momento, ela saiu da mesa, cumprimentou a vítima e, posteriormente, deixou o local. Revoltado, o militar atirou à queima-roupa e matou o rapaz. A cena foi registrada por uma câmera de monitoramento.
Inicialmente, Elias acusou a vítima de ser integrante de uma facção criminosa e afirmou que, quando estava no bar, foi ao banheiro e ao voltar foi abordado por alguém dizendo que o “disciplina” da organização. Segundo ele, esta pessoa seria a vítima, queria falar com ele, pois o Elias estaria oprimindo “irmãos da facção” no colégio militar, o que teria dado início a um desentendimento, obrigando o militar agir em legítima defesa.
A versão foi desmentida por testemunhas e também pela imagem da câmera de monitoramento. Ainda assim, a Justiça determinou o cumprimento de mandado de busca e apreensão no endereço do militar e também a quebra de sigilo dos eletrônicos, com objetivo de verificar se Elias vinha sendo ameaçado.
O inquérito policial não apontou qualquer ligação da vítima com facção criminosa.
Elias foi preso em flagrante no dia seguinte ao crime e, em audiência de custódia, o juiz que julgou o caso entendeu que o militar cometeu o crime a sangue frio e tentou agir por conta própria, fazendo justiça com as próprias mãos, e determinou que ele ficaria preso preventivamente.
O militar está custodiado no Batalhão de Operações Especiais da PMMT – BOPE, em Cuiabá.
O crime
O subtenente estava “bancando” cervejas para algumas garotas no bar, quando, durante a conversa, uma delas revelou ser ex-namorada de Claudemir. Sentindo-se incomodado, o militar apontou para a vítima e afirmou que ele seria membro de uma facção criminosa, mas a mulher negou e os dois discutiram.
Então, a garota saiu da mesa e, quando retornou, cumprimentou o ex-namorado e depois foi embora para não ter que continuar a conversar Elias. Uma funcionária do bar relatou que o militar estava "com raiva" da vítima há algumas horas, justamente porque ele estava pagando cervejas para várias mulheres, que depois de um tempo saíram da mesa dele e foram se sentar com Claudemir e o irmão dele, então ameaçou matar a todos.
Em dado momento, Elias vai até a mesa de Claudemir e após uma breve conversa, saca a arma e atira à queima-roupa no peito do rapaz. A vítima tentou fugir, mas morreu ainda no local.
O militar, segundo o delegado de responsável pelo caso, Ronaldo Binoti Filho, criou uma história fantasiosa. Em seu depoimento, o diretor da escola disse que ao sair do banheiro foi abordado por alguém dizendo que o “disciplina” de uma facção criminosa, que seria Claudemir, queria falar com ele, pois o Elias estaria oprimindo “irmãos da facção” no colégio militar.
Durante uma discussão, Claudemir teria se levantado e feito menção a sacar uma arma, obrigando o militar a reagir, disse Elias em depoimento. A versão foi desmentida pelas testemunhas e também pela imagem da câmera de monitoramento.
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