09 de Maio de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025, 11:16 - A | A

16 de Janeiro de 2025, 11h:16 - A | A

POLÍCIA / CASO NUUN GARDEN

Polícia Civil analisa imagens de boate e ouve envolvidos em suposto caso de homofobia

Euziany Teodoro
Única News



A Polícia Judiciária Civil informou que ouve, na manhã desta quinta-feira (16), o psicólogo Douglas Amorim, que denunciou um caso de agressão por homofobia dentro da boate Nuun Garden, em Cuiabá. Como o Única News divulgou, o caso foi registrado na madrugada de domingo (12) e o acusado é Yuri Matheus Matos, que tambem será ouvido nos próximos dias.

Douglas já passou por exame de corpo de delito e está sendo ouvido nesta manhã. A PJC também informou que já está em posse das imagens do interior da casa noturna, que foram fornecidas voluntariamente por um dos proprietários da casa, Igor Noda.

No decorrer dos próximos dias será realizada a análise das imagens e o interrogatório do suspeito da agressão. Também serão ouvidas testemunhas que estavam no local no momento dos fatos. "As investigações estão em andamento e no momento não serão passados mais detalhes para não atrapalhar o andamento da apuração", diz a Polícia Civil, por meio de nota.

O caso

Vítima de possível homofobia, o psicólogo Douglas Amorim diz ter sido espancado no banheiro da boate Nuun Garden, em Cuiabá, na madrugada de domingo (12). A vítima chegou a desmaiar, teve ferimentos no olho e supercílio. O profissional utilizou as redes sociais, onde tem mais de 45 mil seguidores, para falar a respeito e denunciar o descaso do estabelecimento em relação à agressão e a falta de medidas para lidar com casos de homofobia dentro da boate.

No vídeo gravado para redes sociais, assim como no boletim de ocorrência registrado por Douglas junto à Polícia Civil, ele narra que chegou à boate com seu marido, Eloísio, ainda na noite de sábado e foi até um dos camarotes em que estava um sobrinho. Na ocasião, outros camarotes ainda estavam relativamente vazios.

Por volta de 1h30 da madrugada, várias pessoas começaram a chegar ao local, que começou a encher, entre elas o agressor. Segundo Douglas, desde que chegou o homem não parava de olhar para o casal homossexual. Ele chegou a comentar a respeito com o marido, questionando e imaginando que poderia ser dos milhares de seguidores do psicólogo, ex-namorado ou até marido de alguma paciente.

Em determinado momento, o psicólogo diz ter entrado no banheiro e, antes que pudesse ter qualquer reação, ele sentiu alguém o tocando e depois apenas sua cabeça batendo contra o mictório, momento em que desmaiou.

Então, Douglas caiu e bateu a cabeça novamente. Ele narra que foi Eloísio quem o encontrou quando ele estava “meio convulsionando” e com sangramento. O amigo também entra, sobe a roupa do psicólogo e ajuda a levá-lo para o carro e, posteriormente, para a unidade de saúde.

O que diz o acusado

Yuri Matheus de Siqueira Matos negou ter agredido o psicólogo Douglas Amorim, que o denunciou após uma briga no banheiro da boate Nuun Garden, em Cuiabá. Yuri alegou que agiu em legítima defesa diante de suposto assédio praticado pelo psicólogo. Segundo Yuri, a vítima, que teve ferimentos no olho e supercílio, desmaiou por esta sob efeitos de "substâncias nocivas".

Por meio de nota, Yuri afirmou que, na verdade, ele é que teria sido vítima de assédio. Segundo ele, ao que tudo indica, Douglas estava sob efeito de substâncias nocivas e fico tentando olhar suas partes íntimas enquanto supostamente fingia utilizar o mictório ao seu lado.

Ainda segundo Yuri, ao contrário do que foi narrado pelo psicólogo, Douglas chegou a ameaçá-lo, dizendo que quebraria uma garrafa em sua cabeça, além de xingá-lo. Neste momento, o empresário teria apenas expressado sua indignação acerca da "conduta oportunista de assédio e, até pelo receio da estatura de Douglas (1,88 m), inicialmente apenas o questionou de forma verbal".

Nuun Garden se defende

Sócio-proprietário da boate Nuun Garden, o empresário Igor Noda afirmou que prestou todo apoio ao psicólogo Douglas Amorim, agredido dentro do seu estabelecimento por Yuri Matheus de Siqueira Matos. Ele afirmou que, devido às Leis Gerais de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), não pôde ceder as imagens das câmeras à vítima, mas já encaminhou para as autoridades policiais.

A boate já havia se manifestado afirmando que conta com socorristas e seguranças em seu quadro de funcionários, que inclusive teriam prestado os primeiros socorros à vítima. No entanto, informou que estavam "apurando os fatos para fornecer os devidos esclarecimentos aos envolvidos e às autoridades competentes".

Em nota enviada à imprensa nesta quarta-feria (15), o proprietário relatou que Douglas e o agressor se envolveram em uma discussão e a agressão ocorreu depois, já no banheiro, onde não há câmeras. Ele ressaltou que a segurança foi imediatamente acionada, dando todo suporte a Douglas e, além dos amigos, o psicólogo teria sido acompanhado também por dois seguranças até o hall do estabelecimento.

Noda afirmou que, com as imagens coletadas, aguardava ser acionado pelas autoridades policias, como não foi, ele mesmo procurou a delegacia.

 

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