Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)

Circula no diário oficial, nesta terça-feira (8), a decisão do governador Pedro Taques (PSDB), em que suspende o prazo para a conclusão dos trabalhos do Conselho de Justificação que apura a conduta da tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur Souza Dechamps. A tenente é suspeita de matar o aluno Rodrigo Patrício Lima Claro durante curso de formação.
O conselho de justificativa do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso era composto por oficiais do órgão, sendo eles: Lahel Rodrigues da Silva, (presidente), major Mário Henrique Faro Ferreira (interrogante e relator), capitão Emerson Henrique dos Anjos Acendino (escrivão). O caso se arrastava há quase 1 ano, visto que o conselho foi instaurado em 31 de maio de 2017.
De acordo com a Lei estadual nº 3.993, que trata sobre o Conselho de Justificação, tal instância dispõe de um prazo de 30 dias, contados a partir da data de nomeação, para concluir seus trabalhos, incluindo a remessa de relatório. Ledur conseguiu atrasar o encerramento apresentando seguidos laudos médicos.
O Conselho de Justificação é a instância que julga, através de um processo especial, a incapacidade de oficiais para permanecerem na ativa.
Izadora Ledur estava sendo processada na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Porém, o magistrado Marcos Faleiros, atendendo legislação vigente, enviou a ação para a Vara Militar da capital. O caso ainda aguarda instrução na Vara Militar.
A morte

Rodrigo Claro, de 21 anos, morreu após passar mal durante o treinamento do 16° Curso de Formação, realizado na Lagoa Trevisan, em novembro de 2016. Ele chegou a ser levado para o Hospital Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por cinco dias.
Em depoimento, colegas de curso de Rodrigo informaram que ele vinha sendo submetido a diversos "caldos", e que chegou a reclamar de dores de cabeça e exaustão. Ainda assim, ele teria sido obrigado a continuar na aula pela tenente, que na época era responsável pelos treinamentos dos novos soldados da corporação.
Para o Ministério Público do Estado (MPE), Rodrigo ter apresentado dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios e, ainda assim, a oficial utilizar métodos abusivos nos treinamentos para puni-lo, revela ‘inequivocamente o perfil perverso da tenente como instrutora'.
Ledur é acusada pelo Ministério Público por práticas de tortura durante treinamento de soldados, que culminou na morte de Rodrigo, em novembro de 2016.
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