Claryssa Amorim
(Foto: Reprodução)
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou liberdade para Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvêa, presa na segunda fase da operação Sangria, na última terça-feira (18). O pedido da defesa da suspeita foi após o desembargador Pedro Sakamoto soltar o gerente da Proclin, Fábio Alex Taques, na última quarta-feira (19).
A defesa da Kedna buscava a mesma decisão favorável que Flávio recebeu. No entanto, o magistrado entendeu que o recesso judiciário está próximo e aconselhou que o pedido de liberdade seja feito por meio de habeas corpus, para que as particularidades da Kedna sejam devidamente analisadas.
“Porquanto já se inicia o recesso judiciário, esclareço que o pedido deve ser instrumentalizado em habeas corpus próprio, a fim de que as particularidades da requerente sejam devidamente analisadas”, explica Sakamotno no indeferimento da extensão.
De acordo com o Sakamoto, o advogado de defesa, José Eduardo Polisel, do gerente da Proclin, entrou Habeas Corpus alegando que o “paciente é primário e que os crimes que lhe são imputados não envolvem violência, razão pela qual, segundo o impetrante, inexiste risco de que, em liberdade, o paciente venha a intimidar testemunhas”.
Segundo as investigações da operação, a fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administradores de empresa e funcionários públicos, em que desviavam dinheiro público da Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
Para o gerente, o magistrado impôs três medidas cautelares, sendo o uso da tornozeleira eletrônica, não ter contato com os envolvidos do esquema e nem comparecer as repartições públicas. Além de estar proibido de à capital.
2ª fase da Sangria
A Polícia Judiciária Civil deflagrou nesta terça-feira (18), a 2ª fase da operação Sangria, onde cumpriu oito mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão.
Entre os alvos estão o ex-secretário de saúde, Huark, três médicos, um gerente de licitação, um coordenador financeiro, parente e funcionários das empresas prestadoras de serviços médicos hospitalares, que são investigados em crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
O nome da operação “Sangria” é alusivo a uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças, que pode ser de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades, o uso de sanguessugas ou a flebotomia.
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