13 de Dezembro de 2024
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POLÍTICA Sexta-feira, 25 de Maio de 2018, 08:33 - A | A

25 de Maio de 2018, 08h:33 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO BÔNUS

Após 16 magistrados negarem soltura, ministra do STJ também indefere HC para Savi

Rafael Machado



(Foto: JLSiqueira / ALMT

Mauro Savi

 

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, da 6ª Turma, negou, na tarde desta quinta-feira (24), o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do deputado estadual Mauro Savi (DEM), que foi após a deflagração da segunda etapa da Operação Bereré, denominada Bônus. Com a negativa, Savi permanecerá preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

 

"Não concedida a medida liminar de Mauro Luiz Savi", cita trecho da decisão que tem publicação prevista para próxima segunda-feira (28) no Diário Eletrônico da Justiça.

 

A Operação Bereré apura desvio de mais de R$ 30 milhões do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) através de um contrato entre a empresa EIG Mercados Ltda (antiga FDL). As investigações tiveram início após a delação do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira, mais conhecido como “Dóia”.

 

Na delação do ex-presidente do Detran também consta que Savi teria recebido diretamente da EIG propina de R$ 750 mil para garantir, junto ao ex-governador Silval Barbosa para que a empresa vencesse a liocitação. De acordo com o relator do processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, a prisão do parlamentar se justificava pelo fato de que ele “continua a orquestrar, ordenar, garantir e se beneficiar de tais esquemas, dando perpetuidade à prática criminosa”.

 

Pedido de vista

 

Nesta quinta-feira (24), o ex-deputado o desembargador do TJMT, Marcos Machado, pediu vista e adiou o julgamento que poderia resultar na soltura do parlamentar. Dos 30 desembargadores que compõem o Pleno do Tribunal de Justiça, 16 votaram contra a libertação do parlamentar.

 

O esquema

 

O esquema foi denunciado pelo irmão do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), Antônio Barbosa, em delação já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

No depoimento de sua delação, ele disse que o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual, Eduardo Botelho (DEM), teria se beneficiado com valores autos com um esquema no Detran. 

 

Ainda conforme seu depoimento, as fraudes foram no serviço de registro de contratos de financiamento de veículos, por meio de uma empresa ligada a ele. 

 

Segundo e o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema funcionava com a influência de políticos, entre eles Eduardo Botelho e do também deputado estadual Mauro Savi (PSB), que foi preso na operação junto com outras cinco pessoas. As investigações os apontam como supostos líderes desse esquema. A operação também prendeu advogados, primos do governador, empresários e um parlamentar. 

 

O nome de Botelho foi citado por outros investigados, entre eles pelo empresário Roque Anildo Reinheimer, sócio proprietário da Santos Capacitação de Pessoal e Treinamento, que é uma das empresas usadas para o desvio de dinheiro do Detran. 

 

Também foram citados os parlamentares Ondanir Bortolini Nininho (PSD), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB), Wilson Santos (PSDB) e José Domingos (PSD).

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