Keka Werneck
Única News
Os deputados Silvio Fávero (PFL) e Pastor Sebastião (PSC), da bancada evangélica na Assembleia Legislativa, defenderam, na sessão online de hoje (2), a abertura de igrejas para cultos e ações sociais no período de “mini-lockdown” de 15 dias, imposto pelo governo a todos os municípios de Mato Grosso, a partir desta quarta-feira (3).
A sessão foi convocada extraordinariamente para votar projeto de lei do Executivo, que propõe multa a infratores que insistam em desrespeitar regras rígidas de barreira ao coronavírus, com a intenção de reduzir casos e mortes pela Covid-19.
O decreto, em seu artigo 2º, parágrafo 3º, diz que igrejas até podem abrir, respeitando o limite máximo de 50 pessoas, ocupando até no máximo 30% da capacidade do local.
“Durante a vigência deste decreto os eventos sociais, corporativos, empresariais, técnicos e científicos, igrejas, templos e congêneres, cinemas, museus, teatros e a prática de esportes coletivos são permitidos com no máximo 50 (cinquenta) pessoas por evento, respeitado o limite de 30% (trinta) por cento da capacidade máxima do local, observados os limites de horário definidos”, define a norma.
Deputado Sebastião lamentou não ter sido aprovada emenda que propôs, retirando os templos religiosos do alvo de multa. “Entendo que fazem trabalho social sem precedentes. Hoje, se nós temos muitas pessoas superando este momento de crise, é exatamente pela presença da comunidade religiosa, que está fazendo esse trabalho de orientação espiritual”, comentou, antes da votação.
Ele disse que a pandemia tem causado depressão e muitos são atendidos pelo “trabalho altamente relevante” das igrejas.
O deputado cristão também é contra multar pessoa física, porque pode precisar sair em casos de extrema necessidade.
Ele ainda solicitou à presidência da Mesa Diretora que sejam colocados em pauta, na próxima sessão, dois projetos dele que garantem prioridade na vacinação para líderes religiosos e estabelecem atividade religiosa como essencial.
Já Fávero disse que limitar a agenda de igrejas é uma coisa “que não tem cabimento”. Alegou que todos precisam de Deus. “Sem Ele não somos nada, precisamos ter fé, ainda mais nesse momento difícil, em que todo mundo está temerário e para isso tem que ter Deus no coração”.
Os dois deputados não comentaram sobre as mortes de pastores evangélicos e líderes religiosos vítimas da Covid-19.
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