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POLÍTICA Sexta-feira, 17 de Novembro de 2017, 11:51 - A | A

17 de Novembro de 2017, 11h:51 - A | A

POLÍTICA / MINIMIZAR CAOS

Deputado: verba para equipar PS virá do estado e R$ 100 mi são para dívidas na Saúde

Rayane Alves



PRONTO SOCORRO

 

“A prioridade da prefeitura - após a decisão entre os gestores Emanuel Pinheiro e Pedro Taques, respectivamente de Cuiabá e do Estado, em repassar R$ 80 milhões via convênio -, é lançar a licitação para a compra dos novos equipamentos do Pronto Socorro de Cuiabá”. Esta foi a avaliação do deputado federal, Fábio Garcia, ainda sem partido, ao comentar sobre o caos que os pacientes que dependem do Pronto Socorro Municipal da Capital, enfrentam nos últimos dias.

 

Garcia foi o entrevistado na manhã desta sexta-feira (17), na Live do Única News, transmitida pela a página oficial do Facebook, a partir das 9h30.

 

Durante a entrevista, o deputado lembrou que a promessa de campanha do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) era entregar o novo Pronto Socorro, em abril do próximo ano, quando Cuiabá completa 299 anos. Porém, com os empecilhos financeiros e com a mudança da finalidade da emenda que deveria doar dos R$ 126 milhões, R$ 80 milhões encaminhados para a compra dos equipamentos, o destino do novo Pronto Socorro pode ser ainda incerto.

 

Conforme Garcia, a obra do Pronto Socorro foi iniciada com uma parceria com o Governo do Estado, e que até agora os repasses governamentais têm sido realizados mensamente.

 

“Eu como coordenador na bancada dei prioridade na Saúde com as emendas impositivas. Colocamos R$ 80 milhões para os equipamentos e os outros R$ 80 milhões para a Saúde, pois sabemos do caos que a cidade e Mato Grosso vive. A população cuiabana aumentou nos últimos anos assim como os mato-grossenses. Então a Saúde deveria ser a nossa prioridade. E, desde o começo eu disse que não abriria mão desse dinheiro a não ser que a finalidade fosse a compra dos equipamentos”, lembrou.

 

Mas, como as decisões foram tomadas de forma conjunta pela bancada federal e avalizadas pelo governador tucano Pedro Taques e pelo prefeito peemedebista, Emanuel Pinheiro, os R$ 126 milhões foram divididos, ficando R$ 100 milhões para o Estado quitar suas demandas com a Saúde, os outros R$ 26 milhões para a regularização fundiárias no Estado, particularmente para dar infraestrutura aos assentamentos em Mato Grosso. E os R$ 80 milhões que sairiam das emendas impositivas, serão agora repassadas, por meio de um convênio, entre o Estado e a Capital

(Foto: Reprodução)

Pronto Socorro -Obra - novo.jpg

 

 

Denúncia

No começo deste mês, médicos das diversas especialidades que atendem no Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá, denunciaram por meio de um ofício a superlotação, falta de insumos e macas na unidade de Saúde.

 

Conforme o documento, pelo menos 137 pacientes estavam sendo atendidos nos corredores, recepção e ainda nos refeitórios. Os médicos também apontaram que a unidade continua sem materiais para realização dos curativos e procedimentos na emergência.

 

Com o colapso na Saúde municipal, o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), anunciou no dia 10 de novembro a criação de uma Comissão de Crise para conter a fraqueza da pasta desencadeada pela falta de repasse de recursos estaduais.

 

De imediato, foi liberado R$ 10 milhões do tesouro municipal para a unidade que enfrenta a superlotação. O prefeito também anunciou que iria fazer um levantamento para devolver os pacientes sem risco de vida para suas casas e principalmente moradores de cidades do interior que foram encaminhados para a Capital e permanecem na unidade hospitalar.

 

Emendas impositivas

No começo da discussão, o governo se comprometeu, a firmar convênio com a Prefeitura de Cuiabá para repassar os R$ 80 milhões que devem ser destinados a equipar o novo Pronto Socorro. Mas, tanto Pinheiro como grande parte da bancada não aceitaram à princípio, sob a argumentação que o Estado não vem conseguido honrar com seus compromissos, na realização de repasses de praxe para a atenção básica de saúde e, possivelmente, não teria igualmente como cumprir o compromisso com o prefeito da Capital.

 

Mas, depois de longas conversas e o governador ‘bater o pé’ em receber os recursos, em quase sua totalidade, o prefeito aceitou a proposta de abrir mão mão da verba, depois que o Estado se comprometeu em repassar o dinheiro para a compra  dos equipamentos, por meio de um convênio.

 

(Foto: Roger Perisson)

fábio garcia

 

“Agora precisamos ver se vai cumprir as promessas. Mas, o que posso adiantar que eu não gostaria de ver mais um prédio abandonado sem finalidade”, finalizou.

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