Mayara Campos
Única News
O líder do Governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Dilmar Dal Bosco (União Brasil), voltou a falar sobre a “deslealdade” de alguns ex-secretários estaduais que irão disputar as eleições deste ano, durante o evento de posse dos novos integrantes do staff do governador Mauro Mendes (União Brasil), nesta segunda-feira (04). De acordo com o parlamentar, alguns nomes estariam destinando recursos do Estado para a região de sua base, em troca de apoio.
“É verdade, eu andei na minha região, na minha base, e os secretários fizeram andanças por toda a região, oferecendo recursos do Governo do Estado, muitas vezes em apoios. Lógico que a gente não tem 100%, mas lá na região não temos concorrentes naturais que são de lá”, disse Dal Bosco.
Sem citar nomes, nas últimas semanas, o parlamentar já havia anunciado o seu descontentamento supostamente com os ex-secretários Gilberto Figueiredo (UB), da Saúde; Beto Dois a Um (PSB), da Cultura; e Silvano Amaral (MDB), da Agricultura Familiar, que deixaram o staff do Paiaguás na última semana para disputarem as eleições deste ano. Dilmar chegou a falar com o presidente estadual do União Brasil, Fábio Garcia, afirmando que “não gosta de deslealdade e traição” e avaliava sair do partido e migrar para o PSDB.
“Eu falei isso claramente na reunião do partido, estão usando a estrutura em cima da minha base. Estrutura de Secretaria em cima da minha base, pedindo que a pessoa que está lá me apoiando possa vir apoiar ele, porque estão hoje com estrutura e concedendo convênios com os municípios. Isso é ruim”, declarou o líder do Governo, anteriormente.
Para o parlamentar, “hoje o adversário está dentro do próprio partido”, pois os pré-candidatos estariam retirando apoiadores de seus colegas.
“Agora as pessoas irem lá, oferecer para propor retirada de algum apoiador, principalmente da base, porque eu sou de lá, não é tirar do adversário, é tirar de quem está fazendo parte. Não só na minha base, mas na base também de outros colegas, outros deputados, acho que não precisava ser feito isso, até porque nós estamos ali votando, ajudando o Governo”, disse Dilmar.
Por último, o deputado afirmou que já repassou a situação ao governador, no entanto, ele disse que não sabia sobre as situações e nem tinha “procedimento disso”. “Então eu falei: verifica ali pelo Fiplan [sistema de contabilidade do Governo] para analisar o que foi mandado para cada município em curto espaço, principalmente agora nos fechamentos das janelas partidárias”.
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