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POLÍTICA Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2022, 11:48 - A | A

21 de Janeiro de 2022, 11h:48 - A | A

POLÍTICA / "INFALÍVEL VACINA"

Medeiros usa morte de Tampinha para criticar eficácia das vacinas contra a Covid-19

Abraão Ribeiro
Única News



O deputado federal José Medeiros (Podemos) usou a morte do ex-deputado federal, José Augusto Curvo (PSD), popularmente conhecido como Tampinha, que faleceu aos 72 anos vítima da Covid-19 na tarde desta quinta-feira (20), para atacar e descredibilizar a eficácia das vacinas contra o coronavírus.

Em um post em suas redes sociais, Medeiros presta homenagem à Tampinha, mas já emenda na crítica, de forma irônica até, apontando que o ex-parlamentar morto tomou a “dose de reforço”, e agora “virão as mil justificativas para a "infalível vacina"!”, como assim disparou.

“Tampinha, ex-deputado federal, meu amigo... Tomou todos os cuidados, ficou totalmente isolado durante 2020, foi o primeiro a se vacinar, inclusive na "dose de reforço...". Infelizmente, perdemos essa guerra pra COVID, virão agora as mil justificativas para a "infalível vacina"! VÁ EM PAZ, MEU IRMÃO!!!”, postou a legenda, com uma foto de Tampinha segurando seu cartão de vacina, após ter tomado a primeira dose ano passado, no Centro de Eventos do Pantanal.

É público e notório que o deputado, fiel escudeiro do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), sempre comunga das mesmas opiniões de seu líder e não perde oportunidade para criticar o ciclo vacinal implantando no Brasil para combater a Covid-19.

Em maio de 2021, o assessor de José Medeiros gravou um áudio, dias antes de morrer de Covid-19, responsabilizando o parlamentar e o presidente Jair Bolsonaro pela falta de vacina contra a doença. José Roberto Feltrin tinha 55 anos e morreu em decorrência do coronavírus no dia 18 de maio, em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá).

A mensagem deixada pelo assessor foi confirmada pela família do trabalhador.

Segundo a família, o áudio foi encaminhado a um amigo dele, antes de ser internado para tratamento da doença. Após a morte, a mensagem foi divulgada e repercutiu nas redes sociais.

LEIA MAIS: ‘Ele já previa que não ia conseguir, o áudio é verdadeiro e foi um alerta’ diz viúva de Feltrin

Chorando e com dificuldade para respirar, Feltrin relatou ao amigo que a saturação dele tinha caído e que estava com medo de morrer.

“Estou com medo. Um filme está passando na minha cabeça. Ele [Medeiros] vem apoiando esse governo genocida. Esse cara vem sabotando essas vacinas desde o início. Já era para ter vacina para todos, para o pessoal da minha idade, mas não tem, e ninguém faz nada nesse país. Um retardado desse Bolsonaro faz o que quer com o povo e ninguém faz nada. Não sei se escapo”, disse.

José Feltrin estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Rondonópolis, mas não resistiu às complicações e morreu.

Na época, Medeiros lamentou a morte do assessor e disse que apoiou as medidas implementadas pelo Governo Federal no combate à pandemia, entre elas, o auxílio emergencial e o envio de imunizantes e recursos financeiros aos estados.

"A veracidade do áudio é questionada, mas infelizmente o Feltrin não está mais aqui para esclarecer a situação. Nesse momento de dor, esperamos mais empatia e respeito para com a família e amigos", disse na oportunidade.

Caso Tampinha

Foto: Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

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Tampinha estava intubado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde o último sábado (15). Médico, o ex-deputado foi o primeiro profissional a se vacinar em Cuiabá contra a Covid-19, e já tinha tomado todas as doses, inclusive a de reforço.

Vale ressaltar que o político precisou passar por uma cirurgia de hérnia recentemente e estava com a imunidade baixa, acabando por contrair a Covid-19.

LEIA MAIS: Ex-deputado federal Tampinha morre em decorrência da Covid-19

O Dr. José Augusto Curvo, de 72 anos, cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados, em Brasília, o primeiro entre 1991 e 1995. Ele assumiu, como suplente, o mandato de deputado federal na Legislatura 2015-2019, em 20 de janeiro de 2016. Afastou-se em 18 de maio de 2016 e reassumiu em 23 de agosto de 2016. O último afastamento ocorreu em dezembro de 2016.

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