Abraão Ribeiro
Única News
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, enviou uma carta ao ministro-chefe da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) e se colocou à disposição para ir ao país asiático tratar pessoalmente da retirada da suspensão de vendas de carne bovina aos chineses. A própria ministra afirmou este gesto de aproximação com os chineses durante visita a Sorriso (396,8 km de Cuiabá), no norte do estado, nesta quinta-feira (28).
Tereza está negociando com a China para tentar retomar a exportação da carne bovina, suspensa desde o dia 4 de setembro, após dois casos atípicos de vaca louca terem sido notificados em Mato Grosso e Minas Gerais.
Segundo ela, nesta semana, o Governo Federal enviou uma carta à embaixada do Brasil na China para tentar marcar um encontro pessoalmente para discutir o assunto.
"Tem uma série de documentos, dificuldades da língua, fuso horário, mas as negociações estão encaminhando. Mandamos o último pedido de informações ontem (27) para tentar atender todas as perguntas e indagações que eles vêm fazendo a respeito dos animais que tiveram os diagnósticos confirmados", disse.
Tereza Cristina afirmou que agora aguarda o retorno da China. "Esperamos que a resposta seja positiva".
Essa semana, em comunicado do Ministério da Agricultura, a ministra já havia dito que ainda aguarda resposta da autoridade chinesa e, portanto, não há data confirmada para um encontro com o principal país comprador da proteína.
O Ministério da Agricultura ressaltou no comunicado que o Brasil foi totalmente transparente com as autoridades sanitárias chinesas, informando da possibilidade da doença antes mesmo da confirmação oficial, realizada por laboratório canadense.
"Desde então, temos atendido pronta e tempestivamente todos os pedidos de informação que nos são dirigidos. Além disso, encaminhamos solicitação para reunião técnica, ainda não agendada pelas autoridades chinesas, que alegam estarem analisando as informações enviadas."
A pasta reafirmou que não há como estabelecer uma data para a retomada das exportações de carne bovina para a China, pois a decisão não cabe ao governo brasileiro e demonstrou atenção ao cenário da indústria.
"Temos acompanhado de perto e com preocupação a situação dos frigoríficos", disse o ministério.
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