Cuiabá, 06 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 27 de Abril de 2021, 15:33 - A | A

27 de Abril de 2021, 15h:33 - A | A

POLÍTICA / COMPRA DE VOTO E CAIXA 2

‘O dinheiro não era meu’, diz Avallone, que vai recorrer ao TSE de cassação

Keka Werneck
Da Redação



Deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) informou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar segurar seu mandato na Assembleia Legislativa. Ele foi cassado em dezembro do ano passado, por suposta compra de votos na eleição de 2018, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em seguida, entrou com recurso ainda na primeira instância, mas, nesta segunda-feira (27), o TRE manteve a cassação.

“Tenho convicção da minha inocência, confio na Justiça, confio que vou conseguir demonstrar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o dinheiro não era meu”, disse o deputado ao Única News.

O dinheiro a que ele se refere é o que foi apreendido em veículo abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante a campanha. No carro, havia centenas de santinhos e material de campanha do tucano. A PRF fez um vídeo e as imagens foram anexadas às investigações feitas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Acusando o parlamentar de fazer jogo sugo na disputa, o MPE pediu a cassação do mandato.

No TRE, o deputado alega que sua defesa entrou em cena reforçando a tese de que o dinheiro apreendido pela PRF não era dele. Depois, em embargos declaratórios que foram recusados esta semana, alegou que o vídeo da PRF era ilegal.

“Fui acusado de comprar votos, quando pararam o veículo com recursos. A polícia investigou o caso por mais de um ano e meio, desde a época da eleição. Não conseguiram provar que comprei voto. Mas na sessão de julgamento, me acusaram também de caixa 2 e por quê? Porque cada candidato poderia disponibilizar R$ 1 milhão e eu comprovei R$ 980 mil. Então pensaram: ‘se ele não declarou esse dinheiro, então também fez caixa 2’ e mudaram a acusação. Agora, eu me defendi da compra de votos e não caixa 2. Meus advogados acreditam isso que cabe até nulidade”, comentou o tucano.

De acordo com Avallone, é por isso que, de acordo com a decisão do TRE, ele perdeu o mandato, mas não ficou inelegível por 8 anos.

Enquanto a ação tramita, o deputado afirma que dá seguimento às suas funções na Assembleia Legislativa. “Isso não me abala, vou provar inocência”.

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