Rafael Rocha
Única News
O prefeito interino de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), não acredita que avance na Câmara Municipal de Cuiabá a abertura de uma Comissão Processante para, em um julgamento político, investigar o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB) por crime de responsabilidade devido à suposta contratação irregular de servidores públicos para atuar na Saúde, o que poderia resultar no impeachment, ou seja, em sua cassação de mandato.
A crença de Stopa é amparada no apoio da maioria dos 25 vereadores que compõem o Legislativo. Destes, o Palácio Alencastro contabiliza até 20 apoiadores.
Stopa ainda ressalta que todos esses parlamentares têm compromisso com a atual administração, auxiliando o município na execução de diversas obras na cidade.
“Nós temos 20 vereadores que fazem parte da base, que têm um compromisso com Cuiabá e que são responsáveis por todos os avanços que Cuiabá está tendo. São responsáveis por dois novos viadutos que já foram entregues, por mais de 300km de asfalto já entregues, pelo financiamento do BNDS que vai sair em breve, são responsáveis por mais dois viadutos que vamos fazer na Miguel Sutil, e ainda pelo Contorno Leste”, enfatizou ao Única News.
Stopa ainda afirma que já conversou com os parlamentares. “Esses 20 vereadores, eu estive com eles na Câmara, eles têm o compromisso de estar com a gente. Agora, a Câmara é um poder independente e nós temos que respeitar”, ponderou.
O pedido de abertura de Comissão Processante será proposto pelo vereador Diego Guimarães (PP), tido como um dos parlamentares mais ferrenhos na oposição à gestão municipal, conforme o mesmo já antecipou à imprensa.
Operação Capistrum
O emedebista foi afastado do cargo na terça-feira (19), durante Operação Capistrum, por determinação do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Luiz Ferreira da Silva. O afastamento atendeu pedido do Ministério Público Estadual (MPE) acusa o prefeito de adotar critérios meramente políticos para contratar 259 servidores temporários para atuarem na Secretaria de Saúde.
Os cargos eram preenchidos por indicação de vereadores e pessoas sem qualificação profissional que ainda recebiam como complemento salarial o "Prêmio Saúde". Mesmo com ordem do TCE (Tribunal de Contas do Estado) para a imediata suspensão, os pagamentos do "Prêmio Saúde" prosseguiram.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!