Fred Moraes
Única News
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), criticou duramente o projeto de lei do vereador Marcrean dos Santos (MDB), que deve ser apresentado na Câmara Municipal nos próximos dias, que tentará por fim à cobrança obrigatória dos couvert artístico em restaurantes e comércios similares.
Segundo o vereador, a medida é abusiva e acaba obrigando o cliente pagar por algo que sequer ele pediu durante a visita em determinados restaurantes. Atualmente, muitos estabelecimentos incluem o valor da música no preço da refeição, sem dar ao cliente a opção de recusar.
Em entrevista à imprensa, Abilio disse discordar por completo da sugestão do vereador, porque o comércio normalmente identifica que aquele local cobra a taxa para o artista que se apresenta, permitindo que o cliente deixe o estabelecimento. Por isso, entende como ‘escolha pessoal’ de cada um manter ou sair.
“Na mesa, no cardápio, ou na entrada, tem a identificação de que aquele serviço é cobrado naquele estabelecimento. Assim como outros serviços podem ser cobrados no estabelecimento. Se a pessoa vai querer ficar lá, é a escolha dela. Se você não quer ir para um lugar que tem música ao vivo, que cobra aquela música ao vivo de lugar, não vá, pô. Entendeu? Agora, dizer que o empreendimento não pode cobrar, não sou a favor, não”, disse Abilio.
O prefeito afirma que na iniciativa privada o que vale é a liberdade do empreendimento para definir suas políticas de cobrança, desde que haja transparência e informação clara para o consumidor. Portanto, garante que se o PL passar na Câmara, não irá sancioná-lo.
“Não [sanciono], eu acho que a gente não pode intervir nesse espaço da iniciativa privada. Eu acho que cabe a cada comerciante a decisão do que ele vai fazer. Se ele quer cobrar 10% do garçom, cabem as regras estabelecidas daquele negócio. Se ele quer cobrar o couvert, cabem as regras estabelecidas pelo negócio. Se você acha que você não quer arcar com esse serviço, não vá”, conclui.
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