Ana Adéia Jácomo
Única News
Em entrevista ao podcast Política&Política, do Grupo Única de Comunicação, o vereador por Cuiabá, Dilemário Alencar (União Brasil), explicou que a principal modalidade responsável pelo endividamento massivo foi o empréstimo consignado via cartão de crédito ou cartão benefício. (Veja a entrevista completa no final da matéria).
Ele alertou para a "armadilha" desses contratos, que, apesar de oferecerem parcelas menores, esticam o prazo de pagamento para até 144 vezes, fazendo os juros dispararem.
"Se você pegar um empréstimo consignado hoje via cartão de crédito, pegar R$ 10 mil, você vai pagar no prazo de 144 meses sete vezes mais, ou seja, você vai pagar R$ 72 mil", exemplificou o vereador, ressaltando o quão prejudicial essa modalidade é para a saúde financeira dos servidores.
Diante desse cenário, Dilemário protocolou uma indicação ao prefeito Abílio Brunini para cortar a modalidade de cartão de crédito consignado, permitindo apenas o acesso ao consignado tradicional, que possui juros mais baixos. Além disso, ele propôs a criação de uma espécie de "refis" para os servidores.
"Para ajudar os servidores que estão com muita dívida e sem margem, eu propus para ele fazer uma espécie de um refis, para comprar essas dívidas através de bancos sérios e com a trava de juros, para renegociar essas dívidas que os servidores têm com o cartão de crédito", detalhou.
A medida visa dar um alívio financeiro, possibilitando que uma parcela de R$ 1.200, por exemplo, caia para R$ 360, se renegociada em 96 vezes.
O vereador também trouxe à tona outra denúncia grave: o ex-prefeito Emanuel Pinheiro teria descontado R$ 50 milhões em parcelas de empréstimos consignados dos salários dos servidores, mas não repassou o valor aos bancos.
"Ele deixou esse passivo de R$ 50 milhões, que agora o prefeito Abílio vai ter que se virar nos 30 para pagar", afirmou Dilemário Alencar, alertando que os bancos ameaçam encerrar a modalidade de empréstimo consignado tradicional para os servidores se os valores não forem quitados.
O vereador disse que já denunciou a situação ao Ministério Público.
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